quinta-feira, 15 de abril de 2010

WITH THE CAT - VII - A GATA BORRALHEIRA

Jaime Latino Ferreira
-
( CARTA DA TITA )
-
Meu caro adoptado,
Vais-me perdoar, mas eu prefiro a história da Gata Borralheira.
Sabes, é mais feminina!
Fala da violência doméstica e de como, quem dela é vítima, apesar de tudo, pode sempre encontrar o seu Príncipe Encantado, se não perder, delapidar o capital de esperança!
Não o pode perder, sob pena de nada conseguir ver!
Alguma vez, incapacitada de olhar para vastos horizontes, tão vastos como o mar a perder de vista, poderia encontrar o meu príncipe?
Não se limitaria este a ser a própria violência doméstica!?
É que também cultivamos o masoquismo que justifica, aliás, muito do sadismo que julgamos omnipresente!
Ele está presente porque, voilá (!), também somos masoquistas!
Qual sistema de vasos comunicantes …!
Não me perguntes qual dos dois precede qual, porque aí, cairíamos irreversivelmente na tal perseguição que justifica enredos como os de Tom & Jerry.
Mal amada, sobre mim recaíam os pesados fardos que às outras mulheres, gatas perdão (!), da casa as dispensavam para só pensarem em namoriscos, no social.
Não perdi, porém, a vontade de sonhar!
Vi fadas, indumentárias deslumbrantes, abóboras transformadas em carruagens, bailes encantados, dancei nos braços do príncipe e o sonho foi tão forte que deixou vestígios, um sapato à saída do baile, era tal a ânsia de um sonho que tinha de acordar …
E o príncipe acordou-me, levou-me no fausto de uma vida que julgava para sempre ser-me negada!
E fui feliz sem que por tal, a infelicidade desejasse a minhas irmãs, irmãs ou madrasta!
Terá sido madrasto o seu destino?
Ou apenas a inveja as terá cegado ao destino!?
As terá feito enredarem-se na perfídia de um filão comunicante que do sadismo conduz, directamente, ao masoquismo?
Ou que do masoquismo consente todo o sadismo!
Eu chamo-lhes acidez …
Acidez com duas faces ou inveja, incapaz de ver mais longe, de se abrir à felicidade que está aí, por todo o lado.
Por vezes, onde menos se espera!
No remanso de tua casa meu dono, desculpa-me o afecto, é afecto e não subserviência e confesso-te que o escrevi, embalada pelo enredo!
Amor de gata pelo seu d …, adoptado, perdão!
Mas, em verdade, somos donos uns dos outros!!
Tu pertences-me na medida em que sem ti, viveria como se na idade da pedra lascada.
Eu pertenço-te também porque sem mim, que referências terias logo para te insinuares inteligente ao ponto de, quem dera (!), preservares os equilíbrios que insinuante te sugiro!
Em paz, mesmo com cão ou com rato …!
Periquito, Piu-Piu que seja.
-
( continua )

4 comentários:

Jaime Latino Ferreira disse...

CONTEXTUALIZAÇÃO


A quem pretenda seguir esta estória, With the Cat, de fio a pavio esclareço que, em contextualização, ela se inicia na página ou post que dá pelo título 499 e que ainda agora não se concluiu, arrastando-se até ao capítulo X ou Epílogo a publicar em sequência e oportunamente.

Tenhai pois paciência!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Abril de 2010

Por toda minha Vida disse...

Bom dia, Jaime.

Paciência teremos, de óculos novos a me adaptar, tudo esta borrado, mas me esforcei e li tua maravilhosa bola de lá que o gato desalinha.
Entre Masoquismo e estando ligado ou não ao sadismo lá se vai o gato a miar pelos telhados a procura dos ratos masoquistas que insistem em correr a sua frente.
Desculpa algum erro minha visão esta bem ruim mesmo com óculos.

Bom fim de semana para você, Manuela e o Gato.

Renatta

Jaime Latino Ferreira disse...

RENATA


Minha Querida,

Renatta com dois tês, olhe que Lhe fica muito bem e. já agora, é gata e não gato!!!

Boa habituação aos óculos novos, um beijinho e um bom fim de semana e oxalá que até amanhã consiga derenrolar o resto da história


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Abril de 2010

Jaime Latino Ferreira disse...

CHAMADA DE ATENÇÃO


Não sei porque artes, alguém que não eu manipulou esta minha caixa de comentários dela subtraindo quantos, em primeira página dela constam!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Abril de 2010