A guerra ou a Paz começam num gesto e um gesto, sendo palavra, é cultura.-
cultura de guerra
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A cultura de guerra assenta no segredo e na desconfiança, em não se querer ver no Outro um par e igual, nos juízos de intenções que ao Outro as atribuem antagónicas e em prejuízo das nossas, na força física e no princípio da violência, isto é, na intolerância.
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cultura da Paz
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A Cultura da Paz assenta na transparência e na confiança, em querer-se ao Outro como par e igual, em não se lhe atribuirem intenções antagónicas ou em prejuízo das nossas, na entrega e no princípio da não violência, isto é, mais do que na tolerância, na aceitação plena do Outro.
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Enverede-se por uma ou pela outra, a alguém tem de caber a iniciativa Política de ao ciclo de violência o quebrar instilando a Paz, nela persistindo com determinado e persistente afinco e essa iniciativa Política que aprofunde a Democracia ao cidadão singular apenas lhe pode caber já que o institucional, por mais democrático que o seja, vive contaminado pelo primado da violência e da guerra que, aliás e ainda que apenas psicológicas, historicamente o justificam.
Para que o institucional se descontamine do princípio da violência, em decisão institucionalmente histórica, transparente e global de consagração do singular, pergunta-se, então:
Guerra ou Paz?
Eu quero e faço há muito pela Paz!
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ironia das coisas, diante de nuvens de censura e de uma greve selvagem anunciadas e declaradas no espaço geográfico democrático oxalá se saibam ler e agir, decidindo institucionalmente em coerência, ao encontro da Paz, perante os sinais dos nossos conturbados tempos
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Guerra e Paz
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 4 de Dezembro de 2010