pintura rupestre da Caverna das Mãos, arte paleolítica da Patagónia
Forço o traço que aqui se continua a desenrolar de um novelo sem fim.
Sem nenhum registo especial a salientar na tristeza sórdida, modorra, apatia de um nevoeiro pardacento e pegajoso que teima em se colar aos ossos e a tapar o Sol, a claridade que tarda neste Inverno cinzento e baço, húmido e contagiante.
Chocam-se os autóctones com um qualquer registo menos cor de rosa, ironia das coisas, como se a vida o fosse ou se a cor sanguínea em que este se derrama devesse prevalecer sobre os rascunhos das suas próprias vidas e existências remetidas ao anonimato e ao silêncio.
Tomados de um toque de psicose geral, o registo baralha-os e confunde-os ainda mais não bastara o que baste no a preto e branco das suas vidas quase como se mais valera a tragédia humana que os ensombre em definitivo.
Ou como se esta alimentasse, na morbidez não dita que a sustenta, a ilusão da cor.
Estampada nos rostos, a previsibilidade do sucedido no dissimulado basbaque geral.
Como se se desejasse, a todo o custo, escamotear a perfídia de jogos de poder alicerçados em sucessos instantâneos e vazios a troco de chantagens e pérfidas diatribes, de nada, na tentativa cada vez mais inglória de os preservar para não dizer de os fomentar à outrance.
E pese como pesa tudo o que de liminarmente condenável não pode, evidentemente, ser escamoteado!
pausa
Forço o traço que aqui se continua a desenrolar de um novelo sem fim.
Sem nenhum registo especial a salientar na tristeza sórdida, modorra, apatia de um nevoeiro pardacento e pegajoso que teima em se colar aos ossos e a tapar o Sol, a claridade que tarda neste Inverno cinzento e baço, húmido e contagiante.
Chocam-se os autóctones com um qualquer registo menos cor de rosa, ironia das coisas, como se a vida o fosse ou se a cor sanguínea em que este se derrama devesse prevalecer sobre os rascunhos das suas próprias vidas e existências remetidas ao anonimato e ao silêncio.
Tomados de um toque de psicose geral, o registo baralha-os e confunde-os ainda mais não bastara o que baste no a preto e branco das suas vidas quase como se mais valera a tragédia humana que os ensombre em definitivo.
Ou como se esta alimentasse, na morbidez não dita que a sustenta, a ilusão da cor.
Estampada nos rostos, a previsibilidade do sucedido no dissimulado basbaque geral.
Como se se desejasse, a todo o custo, escamotear a perfídia de jogos de poder alicerçados em sucessos instantâneos e vazios a troco de chantagens e pérfidas diatribes, de nada, na tentativa cada vez mais inglória de os preservar para não dizer de os fomentar à outrance.
E pese como pesa tudo o que de liminarmente condenável não pode, evidentemente, ser escamoteado!
pausa
( da música que fui incapaz de seleccionar )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
17 comentários:
Jaime
Meu amigo
Do outro lado da cor que é rosa, existe o cinza pardacento e nebuloso e o negro mesclado da terra lamacenta a escorrer a miséria dos homens.
Do outro lado de todas as cores, corre a sanguínea a gritar por toda a dignidade que lhe vai faltando.
Um abraço
Bom domingo, mesmo que nostalgicamente sombrio.
espaço de estímulo de uma dimensão infinita
eu diria deste país
ter a cor primária psicológica
de uma morbidez húmida
entretanto procura-se uma paragem de autocarro, para uma zona de sonhos
manuela
Auf!
Ao tempo que estou na paragem da cão.mioneta à espera que me venhas buscar!
Frita-me uma dúzia de croquetes e vais ver como te animas!
Auf!
Auf!
MARIA JOÃO
Querida Amiga,
Tem graça, onde escrevi tragédia humana, havia escrito em rascunho não tragédia mas antes miséria mas como não queria, em absoluto, que se podessem estabelecer confusões pretensa e falsamente moralistas, emendei para tragédia ...
Não a estou a acusar a Si de as fazer, sabe-o muito bem assim como eu, percebo muito bem o que quer dizer!
Um bom domingo banhado por um sol interior e um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
PAULO
Querido Amigo,
É como diz e sabe que essa percepção não me escapa!
Um grande Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
MANUELA BAPTISTA
Estás a ver o que fizeste!?
Atraíste logo o Fézada a reinvindicar croquetes de sonho!!!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
CANITO
Olha lá, mas julgas tu que a Manela ou eu próprio não temos mais nada que fazer!?
Xó bicho, senão mando-te de volta de bicãocleta e é uma sorte!!!
Pronto, pronto, já sei que sou muito abrutalhado ...!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
fézada, o Jaime é bruto que se farta!
só tu percebeste, que é um sonho apanhar um autocarro e andar a vadiar
baixa-nos logo o sangue aos pés :)
auf!
manuela
MANUELA BAPTISTA
Auf!
Auf!
( mas que mania esta de andar sempre a exclamar ' sobre ', para mais em alemão sintético! )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
SANGUÍNEOS I
19 776 = + 62 visitas nas últimas vinte e quatro horas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Janeiro de 2011
"entretanto procura-se uma paragem de autocarro, para uma zona de sonhos"
Meus amigos,
Manuela e Jaime,
Se a encontrarem...essa paragem, digam para também eu por lá me reinventar...
Que este inverno já vai longo, que chegue logo logo a primavera...:-)
Beijinhos grandes e uma Boa semana de Vida (Olá..!)
dulce ac
DULCE AC
Minha Querida Amiga,
A paragem de autocarro é mesmo essa, aquela em que à vida a transformemos, aqui e agora, semana após semana, em Vida!
E para essa, desculpe-me se A desiludo, não há receitas pré-definidas.
Cada qual tem de a encontrar atendendo às suas especificidades e percurso de ... Vida ...
De Vida!
Antes de mais há que valorizar, exactamente, o nosso percurso de Vida, encontrando-lhe Vida e não vida!!!
Um grande beijinho e uma boa semana para Si e para os Seus que muito gostei de conhecer
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 17 de Janeiro de 2011
...a paragem nunca está no mesmo sítio
digamos que é um paragem em movimento
será mais uma aragem :)))
manuela
MANUELA BAPTISTA
Olha que engraçada coincidência:
Aragem!
Se não vê na página que a esta se seguirá e que a coincidência me fez publicar já de seguida ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 17 de Janeiro de 2011
"E para essa, desculpe-me se A desiludo, não há receitas pré-definidas"
Jaime
Meu Querido amigo, não há mesmo receitas pré-definidas.
Há uma Vida para viver e nela muito para nos aperfeiçoarmos... Porque efectivamente a vida de cada um é uma "paragem" e todo o percurso que nos fez hoje estar aqui onde estamos é um saber inequívoco do muito que ainda temos a caminhar..., não obstante, sentirmos porventura um estar de hoje diferente, de uma maior coerência, ao estar próprio de "ontem"...!
Um abraço muito amigo.
dulce ac
DULCE AC
A Vida, minha querida, é uma paragem em andamento, uma aragem, um trecho musical, excerto em movimento!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Janeiro de 2011
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