Fria a noite roga que seja
boa no Inverno que a acolhe
cantada nos passos que a trazem
suaves pedindo que veja
em tudo o que a tolhe
o mais que eles fazem
-.-
http://www.youtube.com/watch?v=TRg6geGIef4
-.-
E passam os sonhos no frio que a desfazem
Desculpa-se a noite da cor que a pintou
Por ser no Inverno um sono tardio
Que às horas levaram de fio a pavio
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 8 de Fevereiro de 2009
13 comentários:
DIA SOMBRIO
Importante pintura de Pieter Bruegel que retrata os meses gelados do Inverno nórdico e onde o dia mal se distingue da própria noite ...
Destaco nela as tonalidades frias, do cinza ao azul pálido e ao ocre, argiloso, as árvores despidas e descoloridas que se dão como lenha para aquecer as casas, o rio gelado e intransitável, o ambiente geral agreste e de extremo rigor.
A desconstrução de Inverno de Vieira da Silva assentua o ocre numa travessia temporal de séculos sublinhando a viagem que a meio termo, Schubert, na canção Boa Noite do seu ciclo Viagem de Inverno, corporiza no rigor semântico do poeta Wilhelm Mueller.
Dietrich Fischer e Alfred Brendel interpretam, então, magistralmente ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Fevereiro de 2009
Jaime,
Como sempre magistralmente escolhidas as palavras, as imagens e a música.
Um doce fim de tarde na companhia da Sua Manuela.
Beijos
Filomena
(ando aqui às voltas com provas e relatórios para as reuniões intercalares que começam amanhã... bah, que corte!)
FILOMENA
Doce Amiga,
A minha doce Manuela ficou fascinada com a malinha de Vladimir Kush, ela lho dirá ...!
Eu, pela minha parte, reconfortadíssimo pelo Seu comentário ...
Sabe, é bom ouvi-lo ainda que, ciente de saber não escrever mal e sei-o porque o que escrevo se projecta e me bate na volta (!), não embandeire em arco.
Mas é bom ouvi-lo e mais ainda de quem anda enredada em provas e relatórios, reuniões e sabe-se lá o quê mais e mais a mais quando estas gentis palavras me chegam da minha tutora bloguista!
Cortam estas muito favoravelmente!
Obrigado e um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Fevereiro de 2009
Adorei!
Tutora bloguista!
Olhe que se conto esta a alguém, ou se algum dos meus (des)(en)graçados amigos descobre, estou feita!
Só mesmo o Jaime!
Está com graça, sim senhora! dei uma tão valente gargalhada que até acordei o Gaspar do seu milionésimo sono do dia.
(a carteira está linda não está?)
Beijinhos
Filomena
A carteira aprisionada
Era uma vez uma Senhora que gostava muito de borboletas, de gatos e de chocolate, mas o que ela mais adorava eram carteiras! Malas e malinhas de todos os feitios e para todas as ocasiões.
Um dia, numa loja muito estranha onde apenas se compravam objectos estranhos tais como sorrisos, dentes de doninha, pétalas de frésia ou sabão de elefante, encontrou a carteira dos seus sonhos, aquela pela qual ansiava havia muito tempo.
De veludo vermelho, macia e sedosa, nem muito grande nem muito pequena e no fecho maravilhoso de tartaruga castanha estavam esculpidas duas figuras de um homem e de uma mulher que ao beijarem-se a fechavam com toda a força!
"Assim não corro o risco de perder o baton!" pensou a Senhora. E comprou a carteira com o fecho dos dois apaixonados troncos humanos!
Mas sempre que a usava tinha um problema, quando queria, por exemplo pagar o café não conseguia abrir a carteira pois os dois apaixonados teimavam em beijar-se e só a muito custo os separava. Mas a Senhora não se importava pois tinha bom coração.
Um dia cansada de separar os dois amantes e correndo o risco de perder para sempre aquela preciosidade tomou uma decisão: pegou numa tesoura e descoseu o fecho de tartaruga castanha!
Nessa noite quando todos dormiam, os dois apaixonados
soltaram-se da sua prisão e voaram para longe como duas borboletas nocturnas.
No dia seguinte a Senhora pagou todas as suas dívidas.
Manuela Baptista
Para a Filomena em honra de Vladimir Kush
Estoril,10 de Fevereiro 2009
Nocturno
Na emoção de um viajar
real ou desejado
as noites são de escura prata
desenhando templos e catedrais
baías aldeias e arrozais
fervilhando cidades solitárias
mar revolto de monção
acendendo estrelas
nos lugares do coração
Manuela Baptista
Manuela,
Corrijo cinco provas, meto os dados no computador e vou saltitando por aí...
eis quando me deparo com uma história simplesmente maravilhosa daquelas que dá vontade de colocar no blog.
E se bem o penso melhor o faço!
Está um mimo!
Lá vai ela a voar...
E pronto!
Já lá cantam a malinha( de novo) e a história!
Beijinho Doce Manuela
Filomena
Beijinho, Doce Manuela.
Assim é que é!
Que uma vírgula faz toda a diferença!
( isto depois de corrigir os textos super psicadélicos e escagnifobéticos de alguns dos meus alunos..- já nem sei se se diz está-se ou tá-se ou tasse, ai pois é, que eles não estão cá com coisas!)
Filomena
VÍRGULA
Era uma vez uma vírgula que não sabia onde ser posta já que posta aqui cortava a frase e se ali o seu sentido pois que pequenina como um ponto saltando em lágrima tropeçava em tudo sem saber o seu lugar.
A vírgula tinha o sonho de se vir a tornar num ponto e chutada daqui para acolá achou então que o melhor era que fosse colocada no fim da história para que quem a lesse e chegado àquele ponto que terminava naquele sinal podesse continuar a contar a partir dali uma estória sem ter fim,
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Fevereiro de 2009
Tá-se bem!
Beijinho doce de morango ou
beijinho, doce de morango
ou
beijinho doce, de morango
ou...
até àmanhã!
MB
TÁ-SE MESMO
Beijinho de doce, morango ou ... dorme bem.
Bons sonhos!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Fevereiro de 2009
Ó Filomena, com uns sapatinhos destes quem é que precisa de malinhas?!
MB
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