segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

BOA NOITE FRIA DE INVERNO



Fria a noite roga que seja

boa no Inverno que a acolhe

cantada nos passos que a trazem

suaves pedindo que veja

em tudo o que a tolhe

o mais que eles fazem

-.-
http://www.youtube.com/watch?v=TRg6geGIef4

-.-

E passam os sonhos no frio que a desfazem

Desculpa-se a noite da cor que a pintou

Por ser no Inverno um sono tardio

Que às horas levaram de fio a pavio

-

Jaime Latino Ferreira

Estoril, 8 de Fevereiro de 2009


13 comentários:

Anónimo disse...

DIA SOMBRIO

Importante pintura de Pieter Bruegel que retrata os meses gelados do Inverno nórdico e onde o dia mal se distingue da própria noite ...

Destaco nela as tonalidades frias, do cinza ao azul pálido e ao ocre, argiloso, as árvores despidas e descoloridas que se dão como lenha para aquecer as casas, o rio gelado e intransitável, o ambiente geral agreste e de extremo rigor.

A desconstrução de Inverno de Vieira da Silva assentua o ocre numa travessia temporal de séculos sublinhando a viagem que a meio termo, Schubert, na canção Boa Noite do seu ciclo Viagem de Inverno, corporiza no rigor semântico do poeta Wilhelm Mueller.

Dietrich Fischer e Alfred Brendel interpretam, então, magistralmente ...


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Fevereiro de 2009

Anónimo disse...

Jaime,
Como sempre magistralmente escolhidas as palavras, as imagens e a música.

Um doce fim de tarde na companhia da Sua Manuela.

Beijos

Filomena

(ando aqui às voltas com provas e relatórios para as reuniões intercalares que começam amanhã... bah, que corte!)

Anónimo disse...

FILOMENA

Doce Amiga,

A minha doce Manuela ficou fascinada com a malinha de Vladimir Kush, ela lho dirá ...!

Eu, pela minha parte, reconfortadíssimo pelo Seu comentário ...

Sabe, é bom ouvi-lo ainda que, ciente de saber não escrever mal e sei-o porque o que escrevo se projecta e me bate na volta (!), não embandeire em arco.

Mas é bom ouvi-lo e mais ainda de quem anda enredada em provas e relatórios, reuniões e sabe-se lá o quê mais e mais a mais quando estas gentis palavras me chegam da minha tutora bloguista!

Cortam estas muito favoravelmente!

Obrigado e um beijinho

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Fevereiro de 2009

Anónimo disse...

Adorei!

Tutora bloguista!

Olhe que se conto esta a alguém, ou se algum dos meus (des)(en)graçados amigos descobre, estou feita!

Só mesmo o Jaime!
Está com graça, sim senhora! dei uma tão valente gargalhada que até acordei o Gaspar do seu milionésimo sono do dia.

(a carteira está linda não está?)

Beijinhos

Filomena

Anónimo disse...

A carteira aprisionada

Era uma vez uma Senhora que gostava muito de borboletas, de gatos e de chocolate, mas o que ela mais adorava eram carteiras! Malas e malinhas de todos os feitios e para todas as ocasiões.

Um dia, numa loja muito estranha onde apenas se compravam objectos estranhos tais como sorrisos, dentes de doninha, pétalas de frésia ou sabão de elefante, encontrou a carteira dos seus sonhos, aquela pela qual ansiava havia muito tempo.

De veludo vermelho, macia e sedosa, nem muito grande nem muito pequena e no fecho maravilhoso de tartaruga castanha estavam esculpidas duas figuras de um homem e de uma mulher que ao beijarem-se a fechavam com toda a força!

"Assim não corro o risco de perder o baton!" pensou a Senhora. E comprou a carteira com o fecho dos dois apaixonados troncos humanos!

Mas sempre que a usava tinha um problema, quando queria, por exemplo pagar o café não conseguia abrir a carteira pois os dois apaixonados teimavam em beijar-se e só a muito custo os separava. Mas a Senhora não se importava pois tinha bom coração.

Um dia cansada de separar os dois amantes e correndo o risco de perder para sempre aquela preciosidade tomou uma decisão: pegou numa tesoura e descoseu o fecho de tartaruga castanha!

Nessa noite quando todos dormiam, os dois apaixonados
soltaram-se da sua prisão e voaram para longe como duas borboletas nocturnas.

No dia seguinte a Senhora pagou todas as suas dívidas.

Manuela Baptista

Para a Filomena em honra de Vladimir Kush

Estoril,10 de Fevereiro 2009

Anónimo disse...

Nocturno

Na emoção de um viajar
real ou desejado
as noites são de escura prata
desenhando templos e catedrais
baías aldeias e arrozais
fervilhando cidades solitárias
mar revolto de monção
acendendo estrelas
nos lugares do coração

Manuela Baptista

Anónimo disse...

Manuela,
Corrijo cinco provas, meto os dados no computador e vou saltitando por aí...
eis quando me deparo com uma história simplesmente maravilhosa daquelas que dá vontade de colocar no blog.

E se bem o penso melhor o faço!
Está um mimo!
Lá vai ela a voar...

Anónimo disse...

E pronto!
Já lá cantam a malinha( de novo) e a história!

Beijinho Doce Manuela

Filomena

Anónimo disse...

Beijinho, Doce Manuela.

Assim é que é!
Que uma vírgula faz toda a diferença!
( isto depois de corrigir os textos super psicadélicos e escagnifobéticos de alguns dos meus alunos..- já nem sei se se diz está-se ou tá-se ou tasse, ai pois é, que eles não estão cá com coisas!)

Filomena

Anónimo disse...

VÍRGULA


Era uma vez uma vírgula que não sabia onde ser posta já que posta aqui cortava a frase e se ali o seu sentido pois que pequenina como um ponto saltando em lágrima tropeçava em tudo sem saber o seu lugar.

A vírgula tinha o sonho de se vir a tornar num ponto e chutada daqui para acolá achou então que o melhor era que fosse colocada no fim da história para que quem a lesse e chegado àquele ponto que terminava naquele sinal podesse continuar a contar a partir dali uma estória sem ter fim,


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Fevereiro de 2009

Anónimo disse...

Tá-se bem!

Beijinho doce de morango ou
beijinho, doce de morango
ou
beijinho doce, de morango
ou...

até àmanhã!

MB

Anónimo disse...

TÁ-SE MESMO

Beijinho de doce, morango ou ... dorme bem.

Bons sonhos!

Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Fevereiro de 2009

Anónimo disse...

Ó Filomena, com uns sapatinhos destes quem é que precisa de malinhas?!

MB