sábado, 18 de abril de 2009

HUMILITY

Do blogue Sete Mares do meu Amigo Jorge Castro, retirei o que se segue:
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Susan Boyle (ver vídeo aqui)
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HUMILITY

I'm a river

Cry on me

Not ashamed am I to be

As a tiger to be free

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Jaime Latino Ferreira

Estoril, 18 de Abril de 2009

11 comentários:

To e Li disse...

Humildade!!!
Que grande lição deu esta senhora a quem se riu dela.
De certeza nem ela sabia o potencial da sua voz, as aparências iludem.
Não me canso de a ouvir.
Nota máxima... voz belíssima!

Bjs

Linda

jaime latino ferreira disse...

LINDA


Minha Amiga,

Só um promenor:

Eu não sei, deveras, se ela sabia ou não do potencial da sua voz!?

Olhe que para se fazer uma pega de caras, de alguma coisa se tem de ter a consciência e mais a mais, com o avontade com que o fez, até gingando, no início, como se provocando Júri e espectadores!

Não sei, não ...

Beijinhos,


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Abril de 2009

Branca disse...

Querido Jaime,

Saí daqui emocionada com os dons naturais que Deus coloca em alguns seres maravilhosos como esta senhora. Mais que um tigre livre e selvagem (no bom sentido), ela é realmente um rio onde me emocionei...
É daqueles seres raros que no momento em que se ouve cantar nos eleva aos céus e nos faz contemplar a face de Deus.
Como já deve ter percebido não sou uma crente praticante no sentido tradicional do termo, tenho a minha forma pessoal e peculiar de falar com Deus e é nestes momentos que O encontro, mas encontro mesmo, é como se estivesse face a face com Ele.
Beijinhos de muita amizade e gratidão por estar aqui consigo nas suas belas palavras e no momento extraordinário que nos ofereceu.
Branca

jaime latino ferreira disse...

BRANCAMAR


Querida Amiga,

Esquecemo-nos, muitas vezes, que a Arte pode ser a mais sublime forma de se chegar ao que nos escapa, ao transcendente, a Deus.

Quem, alguma vez olhando para esta Senhora, logo condicionados pelas aparências, diria o que aqui se torna possível.

No mundo da cultura, convenhamos, falta muitas vezes a humildade bastante ...!

Acrescentei, entretanto outro endereço, outra sua interpretação que melhor ainda, explica o poema que Lhe dediquei.

Beijinhos,


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Abril de 2009

Anónimo disse...

Palavras para quê, quando a voz desta mulher diz tudo?

Um beijo para o Jaime que todos os dias nos ensina alguma coisa.

Filomena

Ana Cristina disse...

Quantas estrelas escondidas por trás do sol da nossa galáxia que nunca imaginamos sequer possam verdadeiramente existir.

A luz do sol cega-nos e impede que vejamos a verdadeira beleza do que, e de quem nos rodeia.

Fechar os olhos e ouvir é quase sempre mais sensato e abre um incrível mundo de sensações.

"Susan Boyle" é um de muitos exemplos, uma de muitas estrelas cintilantes que o "nosso" sol vai escondendo felizmente sem grande êxito.

Vejam no link abaixo outra voz lendária no original de "Cry me a river".

http://www.youtube.com/watch?v=jAoABuJS1MA

1 beijinho em dia cinzento, chuvoso, frio e ... sem estrelas que não sejam as das nossas eternas saudades.

Ana Cristina

manuela baptista disse...

A Improvável Rainha

Parece sair de um filme de Mike Leigh, "Segredos e Mentiras" ou de encarnar a própria Vera Drake.

Os caracóis são antiquados, as sobrancelhas fazem inveja a um mineiro da Cornualha, o vestido não a favorece, marcando-lhe a gordura das ancas, os sapatos não dão com as meias e as meias não vão com nada.

Se usasse chapéu, seria uma cópia fraca dos chapelinhos de Isabel II. Mas quantas vezes nos rimos dos chapelinhos de sua Majestade?

Tem sentido de humor e deve gozar que nem uma doida do espanto dos que pensam julgá-la.

E quando solta aquela voz emudece a nossa voz, trazendo consigo as altas montanhas da Escócia, o cheiro puro do malte, o mar frio, as tempestades e o sangue dos Celtas.

A dona do velho gato, a filha dedicada que cuidou da mãe quase centenária, abdicando de si, a vizinha simpática da porta ao lado que nos oferece biscoitos para o chá, transfigura-se e vêmo-la então como uma provável Rainha.


I'm a moutain
And I cry
The dreamless song
Of a life time

Para Susan Boyle

Manuela Baptista

manuela baptista disse...

Ana Cristina,

Se eu estivesse aí, perto de si, levar-lhe-ia agora umas bolachas escocesas cheias de manteiga e molhávamo-las no chá Early Grey e falávamos de estrelas do céu e das outras e das saudades que teremos sempre porque fazem parte de nós.

Um abraço

Manuela Baptista

Ana Cristina disse...

Manela, minha querida amiga

As bolachas Maria, da nossa infância,acabaram molhadas em White Tea.
Obrigada pela partilha de estrelas e saudades.

1 beijinho.
Ana Cristina

manuela baptista disse...

Nursery Rhyme


Once upon a time
there was a tea
black or white
early to be
we drink and drank
in the house tree
once upon a time
a cookie bee

Uma bolacha Maria também ia, então se fosse com marmelada...

Manuela Baptista

jaime latino ferreira disse...

... e manteiga!!!


DESABAFO


Confesso-vos que antes de editar esta página que me surgiu, como sempre, de supetão e levado pelas dicas que me vão dando, ainda hesitei e pensei, aconselhei-me também com minha mulher, se não estaria a ceder ao choradinho fácil, you know, I hope (!), what I mean ...!

Achei, porém, que ía ao encontro da minha trilogia chamada A Lição de Música e decidi ilustrá-la com duas fotografias que registam o nascimento de estrelas.

Esta mulher, Susan Boyle, tinha tudo a desfavor:

A sua vida, a sua situação profissional, o facto de viver longe e desterrada dos grandes centros urbanos, a sua idade que até leva um dos membros do Júri a revirar os olhos quando ela, publicamente, a confessa, a sua própria aparência.

Eu bem sei que não é politicamente correcto referir este último ponto mas na verdade, por muito que este seja omitido, subliminar, a questão ficaria sempre:

Mas que perfil mais nos antípodas, mas que anti-estrela!

Transfigurada, no entanto, ao abrir-se-lhe a boca naquela voz ...

Ela sabe-o, como o diz no video, desde os doze anos e durante todos os trinta e cinco que, entretanto, transcorreram.

Ela sabe-o e chega a gozar, no início, com a sua própria figura mas acaba por calá-los a todos!

A humildade não fica mal a ninguém e, bem vistas as coisas, qual dos jurados ou de nós próprios teríamos alguma vez sido capazes de uma tal prestação não só em palco mas para as vastas audiências mediáticas!?

Mas que apropriação, mastigação longa e sentimento no enfoque que os seus olhos projectam como safiras e que em canto se transformam!

Aí está, acho que valeu a pena ...


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Abril de 2009