Era uma vez uma contadora de histórias que vivia sozinha e as contava no silêncio que fiava em finíssima renda que só ela a via e que a ia adornando, sublime, como princesa que, aos poucos, desabrochava em majestática rainha.
Um dia, à porta do seu palácio com vista sobre o infinito horizonte do mar, situado no alto da falésia, apareceu um cavaleiro exausto das batalhas que travara e, pedindo guarida, o acolheu, retemperou-o e dispôs-se a ouvi-lo.
O cavaleiro respigara por montes e vales, abraçara até ao limite as mais variadas causas que ganhara por não se render ou resignar e, agora, retemperado dos campos de batalha por onde ao longo da vida se extenuara, refeito no acolhimento que a princesa lhe proporcionava começou a contar-lhe a sua saga que se estendeu por dias e mais dias, anos atrás de anos, no rendilhado silêncio das histórias que no palácio só a princesa via e com o qual se recobria.
Anos passados, ia a história do cavaleiro já no seu termo quando, subitamente, à princesa a olhou como se a visse pela primeira vez.
E nesse olhar, ao rendilhado da princesa, brilhante o vislumbrou e extasiou-se com o que, finalmente, descobriu:
A princesa era a rainha das mil e uma histórias e começou então a contá-las, a desenhá-las também e ambos, cada vez mais apaixonados, monarcas de um mundo melhor respigaram para o exterior todo o mundo que guardavam dentro de si, colorindo-o em seu redor.
E foram felizes como mais colorido e alegre se foi tornando o mundo à sua volta e até tão longe quanto o infinito do mar para lá do horizonte visível.
Um dia, à porta do seu palácio com vista sobre o infinito horizonte do mar, situado no alto da falésia, apareceu um cavaleiro exausto das batalhas que travara e, pedindo guarida, o acolheu, retemperou-o e dispôs-se a ouvi-lo.
O cavaleiro respigara por montes e vales, abraçara até ao limite as mais variadas causas que ganhara por não se render ou resignar e, agora, retemperado dos campos de batalha por onde ao longo da vida se extenuara, refeito no acolhimento que a princesa lhe proporcionava começou a contar-lhe a sua saga que se estendeu por dias e mais dias, anos atrás de anos, no rendilhado silêncio das histórias que no palácio só a princesa via e com o qual se recobria.
Anos passados, ia a história do cavaleiro já no seu termo quando, subitamente, à princesa a olhou como se a visse pela primeira vez.
E nesse olhar, ao rendilhado da princesa, brilhante o vislumbrou e extasiou-se com o que, finalmente, descobriu:
A princesa era a rainha das mil e uma histórias e começou então a contá-las, a desenhá-las também e ambos, cada vez mais apaixonados, monarcas de um mundo melhor respigaram para o exterior todo o mundo que guardavam dentro de si, colorindo-o em seu redor.
E foram felizes como mais colorido e alegre se foi tornando o mundo à sua volta e até tão longe quanto o infinito do mar para lá do horizonte visível.
14 comentários:
A narrativa é linda. E eu que afinal, descobri que sou idosa, derreto o meu eu e entro de mansinho nas rendas que ela tão bem teceu...
Sempre soube que um dia ia ver um amor tão verdadeiro. Que os deuses abençoem este amor Jl e MB.
Hoje estou um tanto chateada então nem me atrevo a falar mais do amor.
Beijo aos dois, Dama e Cavaleiro.
Agora mais cansado, (são 02:50H da matina) talvez um pouco etilizado, mas lúcido suficiente para vos desejar um bom fim-de-semana, repleto de bons momentos.
Quem assim escreve, não é gago com certeza! (estou a referir-me ao teu texto Jaime!)
Hã? O quê? Ok! Ok! Já vou Morfeu!
Desculpem, mas o sono impera!
Zé
MAGA
Minha Amiga,
Nunca se é idoso para ... amar!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Outubro de 2009
RENATA DA ALEGGRIA
Querida Amiga,
Não fique chateada que ficar assim, só adensa a chatice!
Um grande beijinho,
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Outubro de 2009
JOSÉ FERREIRA
Meu Caro,
Obrigado!
Então, dormiste bem e aquietaste Morfeu!?
Um grande abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Outubro de 2009
AOS MEUS LEITORES
Hoje só regressarei aqui à noite porque, de quando em vez, sou assoberbado por obrigações profissionais!
Tenham todos um bom dia e até logo.
A todos, também, um bom fim de semana
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Outubro de 2009
...Era uma vez uma baixinha agitadora de zebras que achava lindo o amor de uma princesa (rainha)contadora de histórias e um poeta cavaleiro....Pois o tal poeta cavaleiro encantava com sua habilidade com as palavras,no que era correspondido pela princesa-rainha, com maestria,diga-se de passagem...
...
Aos dois,
beijinhos.
rsrsrsrs
Das Cantigas de Amigo às Cantigas de Amor
Vêm da profunda Idade Média
em líricas trovadoras
e chegam aqui
a esta Terra Média
onde se permitem Trovadores
Obrigada Cavaleiro, por esta bela canção!
Manuela Baptista
E eu que o diga, meu amigo!!
Com quase 38 anos de casada continuo enamorada, tenho um marido maravilhoso que me ama e o meu coração como é muito distraído, ainda não entendeu que a "lua de mel" acabou, por isso, com filhos trintões continuo sempre nas tais nuvens rendadas...
Se me der a honra de entrar no meu blog, e procurar a postagem "Idosos", vai entender melhor aquela minha frase...
Beijos para vós e que o fim de semana vos traga alegrias!
AIS
Fico assim sem jeito
com tudo e nada mais
fica uma dor no peito
com tudo o que me dais
Leio-Vos e aceito
estórias que são sais
comentários não engeito
guardo-os com meus ais
Adormeço no meu leito
com o amor não cais
fico satisfeito
sou o meu arrais
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Outubro de 2009
MAGA
Querida Amiga,
Lá fui ao Seu blogue, li o que me pediu e deixei um pequeno comentário, a saber que velhos são os trapos!
O tempo exerce sobre nós uma impressionante magia.
É certo que ele será implacável connosco mas se aos vinte anos soubesse, de facto, o que é ter cinquenta e cinco ...!
Teria sido, provavelmente, muito menos ansioso à data ...
Já não consigo correr como então corria, é certo mas, por outro lado, como consigo hoje saltar obstáculos que, então, quase que me esmagavam!?
Como tudo, com o tempo, se passa a processar cá dentro, na cada vez mais vasta imensidão cerebral que nos fornece toda uma plasticidade, flexibilidade e rapidez no raciocínio que então não existia!
E o amor, como se vive a sua plenitude tão mais plena, perdoe-me o pleunasmo, que aos vinte anos estávamos longe de poder usufruir ...
E como escrevo, por exemplo e de uma penada isto que aqui Lhe deixo!
Como o tempo que já vivemos se pode sintetizar, longe do que, alguma vez poderíamos pensar vir a ser possível.
E como se continua, vida fora, a crescer, por dentro, já que no nosso interior há tanto e cada vez mais espaço a ser preenchido!?
Como se passa a ver, a sentir e a ouvir, a cantar a vida!?
Bem dizia, também, a minha avó quando, taxativa, afirmava que aos cinquenta é que se atingia toda a pujança!
Idosos, velhos!?
Velhos são os trapos!
Para Si também um bom fim de semana e um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 2 de Outubro de 2009
Esse fiar de rendas que o silêncio reconhece, dum amor tricotado de tanta beleza...
Um abraço
Chris
CHRIS
Obrigado minha Amiga!
LINDA SIMÕES
De onde Lhe vem tanta perspicácia!?
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 3 de Outubro de 2009
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