Goldfind, Elin Torger
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Talvez porque da minha memória prevaleça o que ela tem de doce, esta minha atitude inconformada sim, mas optimista ...
Que leva alguns a tratarem-me por jovem ...!
Jovem Jaime!
Jovem de cinquenta e seis anos de idade ...
No entanto ...!
Outros à minha produção literária, desatentos, a classificam como sendo cândida, quem sabe ingénua ...
Resguardo, é certo, doces memórias.
Faço-as por prevalecer mas não se conclua daqui que tenha sido poupado às adversidades ou que delas lhes não conheça o sabor amargo.
Elas povoam o meu percurso, tanto que ainda hoje elas sobrelevam na afirmação e no reconhecimento que tardam!
Tardam tanto mais quanto aqui me vou expondo sem desfalecer ...
Doce memória.
Ele há um canto em mim, pueril, juvenil que dominante percute a perder-se no tempo, doce memória filha de um coração nobre e despido do ódio, da corrosiva inveja ou da ácida amargura, que tocado pela dor da perda, da irremediável perda que logo a idade adulta consigo transporta, se supera, sublima e exalta, resolve e que sendo mais forte que tudo o resto, prevalecente, não deixo nem quero deixar em mim morrer ou ver-se esmagado ...
Já que mais forte ela, a doce memória, o é!
Que leva alguns a tratarem-me por jovem ...!
Jovem Jaime!
Jovem de cinquenta e seis anos de idade ...
No entanto ...!
Outros à minha produção literária, desatentos, a classificam como sendo cândida, quem sabe ingénua ...
Resguardo, é certo, doces memórias.
Faço-as por prevalecer mas não se conclua daqui que tenha sido poupado às adversidades ou que delas lhes não conheça o sabor amargo.
Elas povoam o meu percurso, tanto que ainda hoje elas sobrelevam na afirmação e no reconhecimento que tardam!
Tardam tanto mais quanto aqui me vou expondo sem desfalecer ...
Doce memória.
Ele há um canto em mim, pueril, juvenil que dominante percute a perder-se no tempo, doce memória filha de um coração nobre e despido do ódio, da corrosiva inveja ou da ácida amargura, que tocado pela dor da perda, da irremediável perda que logo a idade adulta consigo transporta, se supera, sublima e exalta, resolve e que sendo mais forte que tudo o resto, prevalecente, não deixo nem quero deixar em mim morrer ou ver-se esmagado ...
Já que mais forte ela, a doce memória, o é!
Subjectivo ... pois é!
Mas é a prevalência de uma doce memória que faz a nossa inquebrantável força que nos permite cercear o medo e construir de facto!
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em complemento a uma resposta dada à Brancamar na caixa de comentários da página anterior e que nela profícuo diálogo desencadeou, remato que o medo é deixar prevalecer o amargo sobre aquilo que em nós é doce
14 comentários:
Muito bem Jaime, é isso mesmo, o medo é deixar prevalescer o amargo sobre aquilo que em nós é doce.
Em todo o seu poema anterior percebi isso e adorei dissecar consigo o medo até à conclusão final.
Vinha eu continuar o nosso diálogo e logo encontrei nova página e ia precisamente falar-lhe do medo da morte que referiu lá atrás e possso dizer-lhe isto mesmo que diz aqui, se a vida foi doce, não sei se a morte nos trará medo ou apenas uma certa tristeza de não continuarmos tudo o que vivemos, de não vermos mais o que nos rodeia. Lembro-me que o meu pai dizia este fim de semana, que aos 79 amos, só pensava que tinha muita pena de deixar tudo "isto"!
É assim como diz, as doces memórias, um coração jovem e despido de sentimentos negativos, são a maior força para cercear o medo.
Beijinhos amigos
Branca
BRANCAMAR
Querida Amiga,
Somos sempre atravessados por todo o tipo de sentimentos mas o que importa é o que prevalece!
Fala-me de Seu pai e eu poderia falar-Lhe de minha mãe nos seus 84 anos de idade e de como é bom vê-la a recuperar após a operação:
Só de quem tem grande força de vontade e um grande amor à vida e pesem e como pesam as adversidades ...!
Isto é que para aqui vai, hem!?
Beijinhos de boa noite e uma boa semana
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Novembro de 2010
Jaime
Jovem amigo
Só quem conhece a adversidade por dentro, tendo-lhe percorrido o labirinto das entranhas e depois de desfalecido nas margens, se ergueu sem medo, arregaçando mangas. Só quem assim a conheceu, dizia eu, pode; escrever como escreve, com a doce memória a serenar as palavras, na busca certa e vertical; dizer sem amargura, porém a dizê-lo; revolver a vida, retirando dela o que fortifica sem esquecer o que magoa; ser jovem, no prazer do sol e na recusa de uma noite permanente.
Doce memória... aquela que sempre nos embala a alma, apesar de tudo!
Um beijinho
Rectifo o erro inicial do meu comentário, "deixar prevalescer o que em nós é doce sobre o amargo" e assim deixa de existir amargo. É como dizia Madre Teresa "Se amares até doer, deixará de haver dor, só amor".
Beijinhos.
Branca
Rectifico (espero já ter rectificado os erros todos),hihihi!
"Ele há um canto em mim, pueril, juvenil que dominante percute a perder-se no tempo"
Lindo Jaime!
E as doces memórias vencem tudo e todos através do tempo e matam qq medo.
um beijo
Filomena
já fui pouco
porque é tanto o que hoje sou
se eu não acreditar em anjos
como é que mudarei a face da terra?
doce é a memória
porque doce é o coração
o resto?
não é nada!
um beijo, jovem!
manuela
MARIA JOÃO
Jovem Amiga,
Quem embalado
no berço foi
tem do embalo a força
que não dói
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Novembro de 2010
BRANCAMAR
Minha Jovem Amiga,
Por vezes, persistente, de o termos escrito e só agora dele me dando conta, ao erro acabamos por não ver:
Assim, não é, como o escreve, prevalescer, antes prevalecer.
Será que agora o viu?
Ria-se, ria-se ...!
E quanto ao amargo, ele até pode lá estar, simplesmente não prevale(s)ce!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Novembro de 2010
FILOMENA CLARO
Minha Querida e Jovem Amiga,
Matar, julgo ser bom que ao medo o não matem mas que o cerceiem sim, isso sim!
Obrigado e um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Novembro de 2010
MANUELA BAPTISTA
Jovem é quem sendo muito
se senta a meu lado e ajuda a mudar a face da terra
Porque tal como a memória que ajudou a despertar
é doce o seu coração
E tudo somado é muitíssimo
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Novembro de 2010
MEMÓRIA I
13 140 = + 110 visitas
( consta-me que a Manuela contribui largamente para este acréscimo de visitantes, dada uma investigação em profundidade que neste meu blogue, ao longo do dia realizou )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Novembro de 2010
Doce memória...
Que bom que é termos uma memória assim, que mesmo lembrando o que já foi e passou,
é eterna e dá-nos sempre um mar grande de amor
e dá-nos quantas vezes uma semente que iremos perservar e fazer crescer junto de outros
que nos ajudará em tantas ocasiões a "cercear o medo e construir de facto"
É bom que sejamos feitos destas memórias, as memórias que nos constroem cá dentro
os alicerces que nos possibilitam, atentos, sermos sempre jovens...
Gostei muito...
Beijinhos.
dulce ac
DULCE AC
Querida Amiga,
Que bom que é saber que gostou ...!
Muitos beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 17 de Novembro de 2010
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