ilustração de autor não especificado e por mim livre e arbitrariamente trabalhada
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Quando a Obra não se contenta por ficar numa estante ou prateleira;
Quando a Obra não se contenta em se encerrar nas páginas de um livro;
Quando a Obra não se contenta em ser peça de museu;
Quando a Obra não se confina a um palco;
Quando a Obra extravasa o ecrã;
Quando a Obra não se contenta em se encerrar nas páginas de um livro;
Quando a Obra não se contenta em ser peça de museu;
Quando a Obra não se confina a um palco;
Quando a Obra extravasa o ecrã;
Quando a Obra dispensa intermediários ou de Todos faz seus destinatários;
Quando, na primeira pessoa, a Obra se neles e por si mesma já interpela, não contente à realidade directamente a desafia ...
Quando a Obra, saindo de todos os clássicos padrões, foge dos salões ou de recintos circunscritos e decidida sai à rua ... é um bico de obra!
Onde metê-la, onde encaixá-la!?
Quando a Obra nesse passo se obstina ...!?
Quando a Obra a outras Obras as interpela e com elas dialoga, replica e sem que por isso as faça por desmerecer, muito antes pelo contrário, onde meter a Obra entre todas as demais!?
Quando a Obra sai daqui e ali, na rua, persiste em permanecer recriando-se em permanência, onde é que ela começa e, verdadeiramente, acaba!?
Como prendê-la, circunscrevê-la, qualificá-la ou classificá-la!?
Quando a Obra permanece viva, que raio de nome atribuir-lhe!?
Quando a Obra é Obra entre as demais, pares e seus iguais, que maior obra do que essa!?
Quando essa Obra assim se afirma, que obra essa!?
E que Obra, construção entre as demais!?
Quando, na primeira pessoa, a Obra se neles e por si mesma já interpela, não contente à realidade directamente a desafia ...
Quando a Obra, saindo de todos os clássicos padrões, foge dos salões ou de recintos circunscritos e decidida sai à rua ... é um bico de obra!
Onde metê-la, onde encaixá-la!?
Quando a Obra nesse passo se obstina ...!?
Quando a Obra a outras Obras as interpela e com elas dialoga, replica e sem que por isso as faça por desmerecer, muito antes pelo contrário, onde meter a Obra entre todas as demais!?
Quando a Obra sai daqui e ali, na rua, persiste em permanecer recriando-se em permanência, onde é que ela começa e, verdadeiramente, acaba!?
Como prendê-la, circunscrevê-la, qualificá-la ou classificá-la!?
Quando a Obra permanece viva, que raio de nome atribuir-lhe!?
Quando a Obra é Obra entre as demais, pares e seus iguais, que maior obra do que essa!?
Quando essa Obra assim se afirma, que obra essa!?
E que Obra, construção entre as demais!?
Tu és Obra!
Eu sou Obra ...
Quando a Obra como é cada um de nós sai à rua e obra maior não há (!), o que fazer à Obra para onde quer que ela vá!?
Quando a Obra como é cada um de nós sai à rua e obra maior não há (!), o que fazer à Obra para onde quer que ela vá!?
E tanto mais quanto se obstine em afirmá-lo ser ...!?
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num tempo em que à Obra se não dá, quiçá, a devida relevância
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Ária de Corte
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Novembro de 2010
num tempo em que à Obra se não dá, quiçá, a devida relevância
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Ária de Corte
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Novembro de 2010
9 comentários:
a rua é dos poetas
dos ascetas
dos gatos vadios nas esquinas
das flores inventadas
nas varandas
das pedras da calçada
dos balões
dos aviões de corda
dos escritores de fábulas
sentidas
mares de gente
rios de risos
a obra é de deus
de tantos eus
eu só queria ser pássaro
e voá-la
manuela
Meu amigo Jaime,
Quando a obra sai à rua não há nada que a detenha e toda a sua mensagem pode ser um caso muito sério, pode transformar, pode ser tudo e é concerteza sempre a maior parte das vezes inovadora, visionária.
Adorei este seu texto, muito esclarecedor, extraordináriamente bem construído e lúcido na parte final, porque estamos realmente "num tempo em que à Obra se não dá, quiçá, a devida relevância", mas só a história poderá vir a dizer da sua importância e projecção, a história se encarregará de peneirar as Obras.
Um beijinho e um bom fim de semana.
Branca
MANUELA BAPTISTA
Tu, minha querida, és pássaro e voas, estou disso seguro, a Obra!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Novembro de 2010
BRANCAMAR
Querida Amiga,
É como escreve mas saiba, é bom não esquecê-lo (!), que a própria Obra é a sua história!
Um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Novembro de 2010
SAÍDAS I
Quando o contador marca as 12 690, mais 160 visitas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Novembro de 2010
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. a obra acresce o homem . eleva.O e fá.lo alcançar a plenitude da eternidade .
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. recheada de saber empírico a Obra define.se como um laço que des.embrulha o teor do tempo .
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. conhecer a Obra é saborear o autor como tributo por excelência .
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. que da essência perpetua um traço, a ser a história dos momentos vindouros .
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. há obras de todos os géneros, mas nenhuma tão sublime como aquela que esboça o conteúdo da Criação .
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. um bom fim.de.semana .
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. abraço.O . querido amigo Latino Ferreira, detentor também de uma obra à maneira, na vertente do conhecimento .
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. paulo .
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PAULO
Meu Caro,
... obra à maneira ...!
... laço que desembrulha o teor do tempo ...!
... sabor do seu autor ...!
... história dos momentos vindouros ...!
E, claro, nada como o sublime daquela que esboça o conteúdo da Criação!
A Obra, o Outro, friso uma vez mais.
Com um Abraço Amigo e no desejo que tenha um bom fim de semana
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Novembro de 2010
SAÍDAS II
12 790 = + 100 visitas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Novembro de 2010
Quando a Obra sai à rua
E não se confina em espaços
E vai para o grande palco do Mundo
Extravasa, interpela
Desafia...
É Obra. Grande.
...
Um beijinho
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