looking out the window ..., Ursula I Abresch
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Afasto as cortinas
e olhando para lá delas
outras e sempre mais se interpõem
a perder de vista
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E mais e mais
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Procuro um cais
porto de abrigo onde possa repousar
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Aqui
junto a mim
me diz que sim
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Seguro
confiante
permanente
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E revolvendo-as
às cortinas como às páginas de um livro
qual quixote e seus moinhos
ao que procuro encontro
e com elas
decidido me confronto
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do que se vê para lá do que se vê, no dia da libertação de Aung San Suu Kyi que se deseja seja para valer
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Novembro de 2010
Acervo da Biblioteca Nacional
12 comentários:
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. a.pós duas décadas passadas das quais quinze anos foram em privação da liberdade o sopro é agora um fôlego de dentro .
.
. e ergue.se a lucidez como intento .
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. porque este agora é por ora o momento .
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. bOM dIA,,, querido jaime .
.
. um bom domingo .
.
. abraço.O .
.
. e,,, .
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. livre é a tita,,, que sobre.voa obras primas com as suas patitas aladas deixando coloridas pegadas sobre o caminho arbitrário que percorre . :) .
. porque tudo o que não seca, es.corre ! :))) .
. paulo .
.
PAULO
Querido Amigo,
Livre é a Tita ...!
Tita a nossa gata de estimação ...
Mas não mais livre do que nós que sendo sua noz nela se abriga e revive repintando caminhos alados de suas silenciosas e quem sabe, não arbitrárias marcas de uma pintura que não há meio de secar!
A pintura é da Manuela, meu porto de abrigo;
Os traços deixados são nossos, dela incluída!
Um grande abraço e um bom Domingo
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2010
Um bonito poema Jaime e um dia feliz, já que a Aung San Suu Kyi foi sempre uma causa muito cara para mim. Espero que possa reencontrar em paz a família que deixou em Londres e reconstruir ainda a sua vida.
Um beijo
Branca
Jaime
Meu amigo
Para se ver para lá do que se vê, é preciso revolver as cortinas. Deixar entrar a claridade e filtrando as sombras em transparência, decifrar o que é vontade em consistência.
Espero que consistente seja esta libertação e que se apodere na consciência de quem, muitos outros como ela, mantém em prisão.
Um forte abraço
Foi libertada porque sim
Dei a ordem como instrução
E agora o verde jardim
Onde passeio rente ao fim
Desta aflição do coração
Porque eu sou o mais bonito
E o jaime de olho esbugalhado
Apaixonou-se pelo carrapito
De quem não gosta do cigarrito
E faz gigot e canta o fado
Venho do Brasil com a vitória
Da Dilma que é minha prima
Que como mulher ficará para a história
De um país que hoje está bem por cima
E daqui vão abalando
os verdes/amarelos que tanto dançavam
E nós por cá vamos ficando
Na esperança com que esperavam
Na alegria com que alcançavam
Um abraço de quem? de quem?
D`O Rasteirinho, pois claro.
Jaime, oi?
olhando para lá
de longe
vejo perto aberto
esperto a memória dos moinhos de vento
rebento as portas que não me deixam ver
que seja para valer
.
olhando para lá, te li
reli!
manuela
BRANCAMAR
Querida Amiga,
Sabe Branca, sem desvalorizar todo o sacrifício a que Aung Suu Kyi tem vido a ser sujeita, sendo como é pessoa de tal fibra, não me parece que nas privações a que tem sido sujeita, a própria tenha visto a sua vida destruída ...!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2010
MARIA JOÃO
Querida Amiga,
Decifrar o que é vontade e consistência ...
Só continuando, nas opções feitas e que poderiam ter sido outras, a revolver as cortinas que se intermedeiam sempre mais!
E tem razão, que a libertação de Aung, contribuindo para reforçar consistências, seja prenúncio da libertação de todos os que por delito/direito de opinião são mantidos em cativeiro!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2010
SENHOR LAGARTO
Lagartixa ( tratamento extremoso ),
Não me diga que é um dos generais birmaneses assaltado por problemas de consciência!?
E simultaneamente primo da Presidente do Brasil!?
Ai se ela o ouvisse, que tabefe lhe daria!?
Já sei que é o mais bonito ...!
Agora, quem fica esbugalhado, diz bem, sou eu, eu e o carrapito, mais o cigarrito e o gigot, coitado, com o pito misturado, perante a sua tamanha ousadia!!!
Arreganho a guela até ficar verde-amarelado e na esperança que consito dou-lhe com o fado todinho ...
De quem, de quem!?
De quem lhe querendo bem me apetece pisar-lhe a cauda até a perder de vista e a ir procurar, sei lá, lá para os quintos de uma ditadurazinha qualquer!
Claro, um rasteirinho claro!?
Verde que de alface pouco tem!
Bem mais escuro do que a cor de fundo do meu blogue
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2010
MANUELA BAPTISTA
Te leio e releio e que seja para valer ...!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2010
REPARO
Goela queria eu escrever e agora, quem fica amarelo/esverdeado sou eu ...
Toma!
É para que não sejas tão mau com o Rasteirinho!!
Mil perdões!!!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2010
PARA LÁ I
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Novembro de 2010
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