Sempre achei como continuo a achar que falar-se de classe política é um disparate equivalente a dizer-se que a política é um exclusivo dos políticos eleitos ou dos cidadãos, destes últimos apenas quando exercem o seu direito de voto.
Tal equivaleria a dizer que apenas a uns, aos eleitos, assistiria o direito de a exercer numa ditadura digamos que sufragada e pluralista e que aos outros, aos eleitores, dela alienados e excluídos no interregno entre sufrágios, lhes estaria vedado o acesso.
A Política é uma dimensão das coisas da vida que a ninguém pode ser vedada e de que ninguém se pode excluir quer o queira, quer não.
Todos os nossos actos ou simples opiniões enfermam dessa dimensão e mesmo se afirmamos que não.
Mais, o facto de nos excluirmos da Política corresponde, em si mesmo, à tomada de uma posição política:
Aquela de, lavando daí as mãos, dela nos julgarmos poder excluir em acto de irresponsabilidade que apenas aos outros, aos eleitos, poderia ser assacado!
Em cada uma das minhas páginas vulgo posts, essa dimensão está presente e isto independentemente do número daqueles que as pudessem, por hipótese, sufragar!
E essa dimensão, sempre presente, vale por si, no desejável contraditório que se estabeleça aprofundando a Democracia para lá do seu estrito formalismo e independentemente de por quem ela possa vir a ser sufragada.
Não é, aliás, o sufrágio universal que garante, por si mesmo, a maior ou menor justeza das políticas que se sufragam ...!
Tal equivaleria a dizer que apenas a uns, aos eleitos, assistiria o direito de a exercer numa ditadura digamos que sufragada e pluralista e que aos outros, aos eleitores, dela alienados e excluídos no interregno entre sufrágios, lhes estaria vedado o acesso.
A Política é uma dimensão das coisas da vida que a ninguém pode ser vedada e de que ninguém se pode excluir quer o queira, quer não.
Todos os nossos actos ou simples opiniões enfermam dessa dimensão e mesmo se afirmamos que não.
Mais, o facto de nos excluirmos da Política corresponde, em si mesmo, à tomada de uma posição política:
Aquela de, lavando daí as mãos, dela nos julgarmos poder excluir em acto de irresponsabilidade que apenas aos outros, aos eleitos, poderia ser assacado!
Em cada uma das minhas páginas vulgo posts, essa dimensão está presente e isto independentemente do número daqueles que as pudessem, por hipótese, sufragar!
E essa dimensão, sempre presente, vale por si, no desejável contraditório que se estabeleça aprofundando a Democracia para lá do seu estrito formalismo e independentemente de por quem ela possa vir a ser sufragada.
Não é, aliás, o sufrágio universal que garante, por si mesmo, a maior ou menor justeza das políticas que se sufragam ...!
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Sufrágio:
1. Voto.
2. Adesão, aprovação.
3. Relig. catól. Oração; comemoração de um óbito.
4. Polít. Direito de eleitor.
( in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa )
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Sufrágio:
1. Voto.
2. Adesão, aprovação.
3. Relig. catól. Oração; comemoração de um óbito.
4. Polít. Direito de eleitor.
( in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa )
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Adesão, aprovação:
Um teste, um simples exame é sujeito a sufrágio.
A ele se adere, aprova ou reprova e tal não tem nem deve ser sujeito a sufrágio universal.
Havia de ser bonito ...!
Uma hipótese científica é sujeita a sufrágio.
O sufrágio da experimentação susceptível de a transformar em lei e ai de nós se esta consagração resultasse da simples aplicação do sufrágio universal ...!
Uma Obra de Arte é sufragada pelo tempo e não pelas audiências imediatas que a ela aderem ...
Um teste, um simples exame é sujeito a sufrágio.
A ele se adere, aprova ou reprova e tal não tem nem deve ser sujeito a sufrágio universal.
Havia de ser bonito ...!
Uma hipótese científica é sujeita a sufrágio.
O sufrágio da experimentação susceptível de a transformar em lei e ai de nós se esta consagração resultasse da simples aplicação do sufrágio universal ...!
Uma Obra de Arte é sufragada pelo tempo e não pelas audiências imediatas que a ela aderem ...
Deus também não se sufraga ...
E serão todas estas dimensões da vida menos importantes do que as que advêm da, no entanto, incontornável ferramenta do sufrágio universal?
E serão todas estas dimensões da vida menos importantes do que as que advêm da, no entanto, incontornável ferramenta do sufrágio universal?
E excluir-se-ão umas às outras!?
Como a religião ou o seu não professamento, a Política a todos nos envolve e dela, a nenhum de nós assiste o direito de dela nos alienarmos.
Todos somos corresponsáveis, uns mais e outros menos, é certo, na situação a que se chegou e há é que, no envolvimento que a todos nos interpela e com visão mais ampla do que a da satisfação dos nossos interesses imediatos, mudar de vida!
Aliás, aos eleitos, quem os pôs lá fomos nós, nós todos por opção ou omissão, todos portanto (!), classe política por excelência que o somos e mesmo se o fingimos não saber!
Como a religião ou o seu não professamento, a Política a todos nos envolve e dela, a nenhum de nós assiste o direito de dela nos alienarmos.
Todos somos corresponsáveis, uns mais e outros menos, é certo, na situação a que se chegou e há é que, no envolvimento que a todos nos interpela e com visão mais ampla do que a da satisfação dos nossos interesses imediatos, mudar de vida!
Aliás, aos eleitos, quem os pôs lá fomos nós, nós todos por opção ou omissão, todos portanto (!), classe política por excelência que o somos e mesmo se o fingimos não saber!
Mudar de vida ...
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no cerco o Alemão resiste estoicamente e as ratazanas põem-se em debandada
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Novembro de 2010
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Novembro de 2010
14 comentários:
.
. querido Jaime,,, .
.
. bOM dIA e uM bOM dOMINGO .
.
. e,,, .
.
. só tive quatro classes em toda a minha vida .
.
. a primeira .
.
. a segunda .
.
. a terceira .
.
. e a quarta .
.
. e,,, .
.
. passei em todas .
.
. a política [classe] estava completa.mente esgotada .
.
. :))) .
.
. abraço.O .
.
PAULO
Meu Caro,
Ria, ria que eu também me rio!!!
Sabe, sou ainda de um tempo em que os estudantes, fossem de que classe o fossem e talvez porque a política nos era vedada fora dos trâmites do regime, traziam a política, de forma mais ou menos radicalizada, à flor da pele ...!
A rua transformava-se, então, em verdadeira escola política!
Em rigor, a vida, a rua e a própria Escola ...!
Daí esta minha trilogia que à Política, como classe, a destrona entopindo-nos, esgotados da sua omissão, a todos e quer o queiramos quer não!
Ria, ria que eu rio Consigo e alerto-O para que o último a rir é quem ri melhor!!!
Abraços de um bom Domingo, Seu e sempre
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Novembro de 2010
pois eu, na primeira classe, vivi apavorada!
a professora era má que se fartava e eu nunca mais aprendia o
a e i o u
só me passou quando percebi que as vogais, por si só, não valem nada!
é exactamente o que se passa com os políticos
por si só, não valem nada e todos os actos são políticos!
quando digo que já estou farta deles, é um acto político!
e agora, hoje, dia em que começa o advento,dia do banco alimentar contra a fome
nem me dou ao trabalho de sufragar seja o que for
e penso e reflicto
que é a coisa mais revolucionária que conhecemos
manuela
MANUELA BAPTISTA
Ora se pensar e reflectir é a coisa mais revolucionária que conheces, que conceito bem político esse ...!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Novembro de 2010
ANDANÇAS IV
Das 15 185 para as 15 435 visitas nas últimas 24 horas.
Mais 250 consultas, assim regista o meu contador!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Novembro de 2010
.
. querido amigo Jaime,,, .
.
. e.terna.mente grato pela Sua imprescindível presença no #intemporal#, como sabe, num momento tão especial para mim .
.
. abraço.O e desejo.Lhe uma boa semana .
.
. Seu amigo, .
.
. paulo .
.
PAULO
Querido Amigo,
Agradeça, agradeça-nos, agradeçamos ...
... porque é bom estar vivo e ainda que tenhamos de mudar de vida!!!
Abraço-O, grato, eu também, pelo segundo aniversário de Intemporal
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Novembro de 2010
Jaime,
Estava agora mesmo a pensar vir aqui, mas por falta de tempo neste momento para me debruçar no texto, voltei atràs, deixei para o serão e vi que em simultâneo me deixou algo tão lindo que voltei só para o abraçar.
Logo volto, está bem?
Agora foi só um impulso irresistível, :) (sei que não gosta destes sinaizinhos, mas hoje estou perdoada, não é verdade?)
Beijos
Branca
BRANCAMAR
Querida Amiga,
Foi também num impulso, temerário como a amizade também o deve ser, que Lhe escrevi o que escrevi no Seu blogue:
Também nelas, nessas coisas, a vida tem de mudar, deixando, quantas vezes, de se refugiar em quadros delicodoces e encarando-a de frente.
Quando se encara de frente, sem temer consequências e, sobretudo, dizendo o que temos para dizer, a vida cresce e encontram-se, consolidam-se amizades ...!
Use quantos smiles Lhe apetecer, eu é que prefiro que pelo que se deixa escrito aos smiles ou a todos esses sinaizinhos se depreendam ou não ...
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Novembro de 2010
Jaime,
escrevi um comentário,desde o mudar de vida I e não sei onde foi parar!
Deve ser efeito do cansaço,das aulas que esperam ser preparadas...
rsrsrsrs
Pois, depois volto aqui,não sem antes dizer aos amigos,que sempre estou aqui e ali,com saudade.
Beijoquinhas de carinho
Linda Simões
LINDA SIMÕES
Minha Querida,
O Seu comentário mudou-se, foi o que foi!
Se o vir digo-Lhe que não valia apena levar tão à letra o que escrevi, o malandro ...!
Está com saudades!?
Eu também mas quanto a isso só se nos mudarmos todos definitivamente ...
... para onde!?
Beijinhos muitos e cheios de carinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Novembro de 2010
Jaime, meu amigo,
Que posso dizer mais para além do que está no texto, se está lá tudo o que penso? Claro que todos nós fazemos política, embora alguns pensem que o Estado é uma Entidade paternalista com soluções para tudo. Terá concerteza que tomar as decisões que lhe compete, mas e nós? Tudo o que fazemos interfere na política do país e disso devemos ter a devida consciência.
Peço desculpa pelo comentário eliminado, algo que raramente faço, mas a esta hora o meu teclar e os meus olhos já não se entendem, já me desabituei de horas tardias.
E assim me despeço com um beijinho.
Branca
BRANCAMAR
Minha Querida,
Como vê, aqui estou ...!
Tudo o que fazemos em tudo interfere, nem mais!
Beijinhos, quase vinte e quatro horas depois
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 30 de Novembro de 2010
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