Roeselien Raimond, The Polesitter
A doença infantil mas crónica e já com barbas dos nossos dias chama-se ismo.
Chamo-lhe crónica porque se fosse do início do século passado ou anterior a ele ainda se poderia perceber, tão absolutamente contagiante como infantil que, então, verdadeiramente o era, agora, nos nossos dias ...!
Infestando-se dela, os média e as escolásticas caseiras, sempre prontos a resumir tudo numa só palavra, reduzem-na a um indivíduo que nela se inspire ou que por ela dê a cara, num cada vez mais afunilado fulanismo.
Uma doença, aliás, tornando-se crónica, passada a fase do contágio totalizante e da morte anunciada, é individual e controlável, pode-se, que remédio (!), viver com ela, pelo menos, poder-se-ia viver e assim sendo, ismo para cá, ismo para lá em sucessivos soundbites a amplificarem-se, transformam-na, no entanto e ruidosamente, em sonantes megabites tanto mais redutores quanto incompreensíveis o forem.
Àquele que a esse fulano o apoia chama-se um ista.
Ai se eu comesse alpista ...!
Voava, majestático e não estivesse engaiolado, daqui para fora ...
... voava mas como ave não sou, não o posso fazer!
E como não como alpista, empoleirado neste tronco, observo e ironizo, resisto!
Daí eu ser, mais aproximadamente, um isto!
Um visto que aguarda, no que aqui visto, no meio de tanta falta de discernimento, de aprofundamento:
Perdão, isto também não o sou, em rigor, eu sou antes um istmo!
Istmo:
Contracção de isto com ismo.
Parte estreita que liga uma península ao continente;
Uma porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que conecta duas grandes extensões de terra;
Em sentido metafórico, ponte que liga o continente das ideias àquele do suporte material em que se lêem ou em que estas se expressam;
Singular extensão fina de terra arável;
porque todos ocupamos diferentes, sempre diferentes angulares, ninguém pode ter, exactamente, as mesmas ideias sendo que eu respondo pelas minhas
e com o pensamento posto nos meus e no mundo árabe que também não se resumem a um ismo nem a um ista mas que sendo, por segura hipótese, istmos, são terra arável e fecunda de si próprios e de nós mesmos
Rondeau
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Fevereiro de 2011
A doença infantil mas crónica e já com barbas dos nossos dias chama-se ismo.
Chamo-lhe crónica porque se fosse do início do século passado ou anterior a ele ainda se poderia perceber, tão absolutamente contagiante como infantil que, então, verdadeiramente o era, agora, nos nossos dias ...!
Infestando-se dela, os média e as escolásticas caseiras, sempre prontos a resumir tudo numa só palavra, reduzem-na a um indivíduo que nela se inspire ou que por ela dê a cara, num cada vez mais afunilado fulanismo.
Uma doença, aliás, tornando-se crónica, passada a fase do contágio totalizante e da morte anunciada, é individual e controlável, pode-se, que remédio (!), viver com ela, pelo menos, poder-se-ia viver e assim sendo, ismo para cá, ismo para lá em sucessivos soundbites a amplificarem-se, transformam-na, no entanto e ruidosamente, em sonantes megabites tanto mais redutores quanto incompreensíveis o forem.
Àquele que a esse fulano o apoia chama-se um ista.
Ai se eu comesse alpista ...!
Voava, majestático e não estivesse engaiolado, daqui para fora ...
... voava mas como ave não sou, não o posso fazer!
E como não como alpista, empoleirado neste tronco, observo e ironizo, resisto!
Daí eu ser, mais aproximadamente, um isto!
Um visto que aguarda, no que aqui visto, no meio de tanta falta de discernimento, de aprofundamento:
Perdão, isto também não o sou, em rigor, eu sou antes um istmo!
Istmo:
Contracção de isto com ismo.
Parte estreita que liga uma península ao continente;
Uma porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que conecta duas grandes extensões de terra;
Em sentido metafórico, ponte que liga o continente das ideias àquele do suporte material em que se lêem ou em que estas se expressam;
Singular extensão fina de terra arável;
Este meu blogue!
E deixem de me tentar classificar porque nenhum de nós se resume a um epíteto e seria completamente ridículo tratarem ao que aqui escrevo por ... jaimistmo, latinistmo ou ferreiristmo!
E deixem de me tentar classificar porque nenhum de nós se resume a um epíteto e seria completamente ridículo tratarem ao que aqui escrevo por ... jaimistmo, latinistmo ou ferreiristmo!
porque todos ocupamos diferentes, sempre diferentes angulares, ninguém pode ter, exactamente, as mesmas ideias sendo que eu respondo pelas minhas
e com o pensamento posto nos meus e no mundo árabe que também não se resumem a um ismo nem a um ista mas que sendo, por segura hipótese, istmos, são terra arável e fecunda de si próprios e de nós mesmos
Rondeau
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Fevereiro de 2011
8 comentários:
PAULO
Sim, são-no como escreve mas istmos entre a sua conceptualização e a sua representação, não menos ...!
Um Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Fevereiro de 2011
ISTMOS I
23 720 = + 85 visitantes!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Fevereiro de 2011
a ironia
é uma península
ínsula
ínsua
este é meu estilo manuelino
não se resume, na crónica dos dias
manuela
...86.
mb
Jaimíssimo, meu amigo,
Desculpe alguma ausência, mas isto anda muito ...ismo por aqui, desde sonismo, a outras doenças crónicas e verdadeiras em estado latente e ameaçador. Nâo sou eu não, não se assuste, mas é como se fosse e assim por hoje termino com um beijíssimo e parabéns pelo seu sentido crítico.
Eu volto quando o "preguicismo" deixar de me atacar, mas volto breve.
Beijinhos
Branca
MANUELA BAPTISTA
Nunca foste muito boa a matemática, eu sei, senão, vejamos:
Após o meu registo de ISTMOS e contando, apenas, como visitas, com os teus dois comentários anteriores, serias, assim, a visita número 87 ...
Só que, tendo eu feito esse registo às 22:31 e tu às 23:21, passada quase uma hora, ao certo, já não é possível determinar, com rigor, qual o número de visitante que te caberia!
Ai, ai ..., querida língua de terra peninsular!!!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Fevereiro de 2011
BRANCAMAR
Queridistm(o)a,
O preguicismo, esse, somado ao sonismo, sempre foi muito salutar!!!
Beiji(nh)stmos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Fevereiro de 2011
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