Vincent van Gogh, A Ronda dos Prisioneiros
Depois de feita uma ronda que se arrasta há um mês e desde Não Cairei, testando da direita à esquerda, de uma ponta à outra do espectro, as potencialidades do meu discurso e tendo por pano de fundo o turbilhão que sacode o Norte de África e o Oriente Próximo, recentro-me e enfoco-me, de novo, como se o tivesse perdido (!), no meu fio condutor na vigília que, em permanência, o testa como põe à prova.
No permanente repúdio por quaisquer derivas a que a volatilidade dos tempos, em mim como em qualquer um de nós, nos possa induzir!
Estabilidade e convulsão não são, não podem ser fins em si mesmos!
Prisioneiro de mim mesmo, nesta ronda, constato:
Se alguma coisa comprova a imparável convulsão que varre a margem sul do Mediterrâneo, essa coisa é, tão só, quão universal é o valor da Liberdade.
O mundo árabe dá-nos, no que se desenrola diante dos nossos olhos, uma monumental lição!
A Liberdade é um fim em si mesmo.
Tal como a Democracia é o seu próprio garante.
E é à luz delas que convulsão e estabilidade se entrecruzam, chocam, se justificam como não.
Claro que na ausência do pão como da paz, Democracia como a própria Liberdade não passam de miragens, de sonhos distantes por realizar.
Democracia pressupõe a prevalência da vontade popular e esta, apenas se pode aferir pelo sistema do sufrágio secreto e universal que lhe garanta a representatividade necessária sem a qual a estabilidade não faz sentido nenhum.
Mozart, Rondó
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Fevereiro de 2011
Depois de feita uma ronda que se arrasta há um mês e desde Não Cairei, testando da direita à esquerda, de uma ponta à outra do espectro, as potencialidades do meu discurso e tendo por pano de fundo o turbilhão que sacode o Norte de África e o Oriente Próximo, recentro-me e enfoco-me, de novo, como se o tivesse perdido (!), no meu fio condutor na vigília que, em permanência, o testa como põe à prova.
No permanente repúdio por quaisquer derivas a que a volatilidade dos tempos, em mim como em qualquer um de nós, nos possa induzir!
Estabilidade e convulsão não são, não podem ser fins em si mesmos!
Prisioneiro de mim mesmo, nesta ronda, constato:
Se alguma coisa comprova a imparável convulsão que varre a margem sul do Mediterrâneo, essa coisa é, tão só, quão universal é o valor da Liberdade.
O mundo árabe dá-nos, no que se desenrola diante dos nossos olhos, uma monumental lição!
A Liberdade é um fim em si mesmo.
Tal como a Democracia é o seu próprio garante.
E é à luz delas que convulsão e estabilidade se entrecruzam, chocam, se justificam como não.
Claro que na ausência do pão como da paz, Democracia como a própria Liberdade não passam de miragens, de sonhos distantes por realizar.
Democracia pressupõe a prevalência da vontade popular e esta, apenas se pode aferir pelo sistema do sufrágio secreto e universal que lhe garanta a representatividade necessária sem a qual a estabilidade não faz sentido nenhum.
Pressupõe, ainda, a divisão de poderes.
Mas este sistema é para ser levado a sério e não apenas em função dele convir ou não aos nossos próprios interesses particulares ...!
A convulsão justifica-se em momentos de mudança na incerteza da realização da própria Liberdade.
Liberdade de culto, liberdade de opinião política como de outras, liberdade das minorias, respeito destas na prossecução das decisões maioritárias e vice-versa, uma ordem livremente consentida, a liberdade, responsabilidade maior de ser-se livre!
Mas este sistema é para ser levado a sério e não apenas em função dele convir ou não aos nossos próprios interesses particulares ...!
A convulsão justifica-se em momentos de mudança na incerteza da realização da própria Liberdade.
Liberdade de culto, liberdade de opinião política como de outras, liberdade das minorias, respeito destas na prossecução das decisões maioritárias e vice-versa, uma ordem livremente consentida, a liberdade, responsabilidade maior de ser-se livre!
O não fazer-se tábua rasa da História ...!
A liberdade que a todos nos leva do exílio à terra prometida, esta, a nossa, a única Terra possível e onde todos teremos de aprender, uns com os outros e em Paz, a conviver.
A liberdade que a todos nos leva do exílio à terra prometida, esta, a nossa, a única Terra possível e onde todos teremos de aprender, uns com os outros e em Paz, a conviver.
Outra coisa não faria sentido nenhum ...
Ela é pequena, a nossa Terra, única e nela tem de haver lugar para todos!
Ela é pequena, a nossa Terra, única e nela tem de haver lugar para todos!
Mozart, Rondó
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Fevereiro de 2011
7 comentários:
só há uma Terra???
mas eu provei que há muitas outras
e um campo pequeno debaixo do mar
manuela
MANUELA BAPTISTA
Hmmm!
Bom saber-se que te tenho a ti por aqui!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Fevereiro de 2011
RONDAS I
24 710 = + 90 visitantes nas últimas vinte e quatro horas!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Fevereiro de 2011
PAULO
Meu Caro,
... e ambas, mote e a trote, os ingredientes!
Para Si também, óptima semana com um Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 27 de Fevereiro de 2011
Jaime
Monumental lição!
Haja quem a queira aprender, ou recordar, ou não esquecer...
Aquele abraço
MARIA JOÃO
Minha Querida Amiga,
Feita a ronda e perseguindo-a desde mais abaixo ... agradeço-Lhe muito!
Outro beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 28 de Fevereiro de 2011
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