Serão todo o tipo de tráfegos, a central do terror, o tráfego de pessoas, armas e estupefacientes e a especulação sem limites nem rosto que logo se lava e branqueia em paraísos subvertores de todas as regras e indutores de infindáveis e sufocantes perversões no sistema?
Que manietam o sistema democrático e o afundam impotente num torniquete manipulador, neutralizador das boas práticas ao ponto de este se ver, para sobreviver, obrigado a deixar os Seus, desprotegidos e entregues à sua própria sorte?
Que manietam o sistema democrático e o afundam impotente num torniquete manipulador, neutralizador das boas práticas ao ponto de este se ver, para sobreviver, obrigado a deixar os Seus, desprotegidos e entregues à sua própria sorte?
Ou ao comando deve estar aquele que sem beliscadura se sujeita ao poder democrático em prova de esforço ímpar e sem vacilar e o interpela em Obra transversal que faz doutrina e se ergue, em nome dos despojados como despojada ela é, aberta e reflexiva!?
Aquele que tenta, equidistante, criar pontes entre as culturas!?
Aquele que, humilde mas frontal se reclina diante das igrejas e das religiões!?
Diante da Igreja, em testemunho vivo, interpelando-A sem hesitar!?
E que o faz em nome das ovelhas que possam, finalmente, pastar em segurança e em Paz!?
Eu pecador me confesso dos pecados que professo.
-.-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Março de 2009
7 comentários:
TRONO
Sentado no trono
O Poeta olha em seu redor
E dispõe-se a cantar
Não Lhe fôra dado o trono em vão
Antes para que pintasse
Colorisse sem descanso
O Mundo
Que dependendo do olhar
Assim pode ser pardacento
Ou refulgente
Irradiar o melhor brilho
Ou afundar-se em trevas
Sem remissão
Deste meu trono
Cadeira de pau ou carmesim
Não importa
É o olhar que conta
Como tu vês o que eu vejo
E se o que vires no que vejo
Cintilar
Brilhar um pouco mais
Então já valeu a pena
Se um poema não se explica
Pode explicar-se
E a explicação apenas vale
Se exceder em poesia
O próprio poema
Então canto e canto
Canto mais
E a canção dá lugar à ária
E esta ao concerto
Que em sinfonia se abre Irradia explendorosa
Vale o meu trono por isto e um pouco mais
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Março de 2009
Jaime, boa noite!
Gostei do que escreveu, assim gomo gostei da frase do Neruda que hoje coloquei no meu blog.
Por vezes aquilo que lemos é tão lindo, que se nos perdermos em muitas explicações corremos o risco de "gastar" as palavras e nos tornarmos banais. Se um texto nos fizer sair da realidade que nos cerca, seja ela prazeirosa ou não,se um texto nos fizer ganhar asas isso é a melhor das explicações.
E vou-me porque nunca se sabe se uma gripe contagia os nossos amigos virtuais.
Principalmente quando esses amigos são mais que virtuais.
Prazeirosa, existe?
Deixe lá, é da febre!
Beijinhos
Filomena
gomo? Ai, esta gripe!
Ou serão ainda restos daqueles comentários loucos de outro dia?
Gomo?
Será da cripe?!
As melhoras Filomena, e um abraço.
Manuela Baptista
Peço desculpa Jaime mas isto hoje está a caldos de galinha...
A canja e os vapores que exala são anti-inflamatórios e descongestionantes. Deve-se tomar quando temos gripe e febre e rejeitar quanto o problema é gástrico ou dos intestinos, por causa da gordura.
Neste momento a Filomena já deve dormir, mas àmanhã vai perceber a sabedoria do Senhor Das Canjas de Galinha!
Manuela Baptista
Minhas Queridas,
Uma das riquezas do que nestas páginas interiores do meu blogue se passa é que se fala de alhos e de bugalhos, de caldos de galinha, vapores, gomos de tangerina que são bons para a gripe, não duvido, de contágios virtuais e de amizades, de Dante(s) e de depois, eventualmente do que é escrito no frontespício também, em enredos paralelos que, nem por isso deixam, no conjunto, de dar relevo e textura ao que, por aqui, vai transcorrendo.
E, modéstia à parte, gosto de cirandar nesta minha casa!
Com os desejos de melhoras que reeitero à nossa Amiga Filomena, gostava, por fim de Lhe dizer o que se segue, ainda a propósito da citação de Neruda e do que, sobre ela reflecti ou não fora a Filomena e pese embora a gripe que a congestiona, não as deixar passar em claro:
Apesar de todos os riscos, as palavras não se gastam e é só querermos para que não caiamos em banalidades.
Basta para isso que as explicações que se dêem não sejam quartadas da poética, da musicalidade que a enforma também.
Se o soubermos fazer as asas estarão por aí e crescerão tanto mais quanto mais explicações se dêem desde que imbuídas da poética!
E se as palavras têem música não se correrá o risco de que as asas lhes sejam cortadas.
Um bom fim de semana, as melhoras e beijinhos de boa noite a todas
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Março de 2009
PRECISÃO
Escrevi eu:
Apesar de todos os riscos, as palavras não se gastam e é só querermos para que não caiamos em banalidades.
E, agora, acrescento:
É que, a realidade, transcende sempre todas as explicações e a essa margem que sempre fica por explicar, tão só a ela se chama poética ou o silêncio que dela, da poética fica sempre por preencher.
Tal como o poética, realidade é inesgotável!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Março de 2009
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