Sinto a calma como se fosse o pousio da alma.
A agitação parou, sobretudo, na ansiedade interior que nos últimos dias me tem assolado.
Paro!
O som, no cromatismo que dele emerge, sereno, tranquiliza-me ainda mais.
Como se sempre ali tivesse estado, coloquiante, uma sonoridade respondendo a outra mansamente, uma distante e outra que se aproxima e afasta de novo mergulhando na tonificação constante do movimento perpétuo que nunca se ausenta, rotativo pano de fundo sem o qual, mergulharíamos no caos.
Respiro fundo, por todos os poros e deito-me, por fim, numa sesta retemperadora, abraçado ao meu amor.
Desterrado, o garoto sonha ainda dentro de mim.
A agitação parou, sobretudo, na ansiedade interior que nos últimos dias me tem assolado.
Paro!
O som, no cromatismo que dele emerge, sereno, tranquiliza-me ainda mais.
Como se sempre ali tivesse estado, coloquiante, uma sonoridade respondendo a outra mansamente, uma distante e outra que se aproxima e afasta de novo mergulhando na tonificação constante do movimento perpétuo que nunca se ausenta, rotativo pano de fundo sem o qual, mergulharíamos no caos.
Respiro fundo, por todos os poros e deito-me, por fim, numa sesta retemperadora, abraçado ao meu amor.
Desterrado, o garoto sonha ainda dentro de mim.
Diz-me o que oiço que permaneça assim, sem me mexer.
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Março de 2009
2 comentários:
O DESTERRADO
( Soares dos Reis )
O desterrado permanece ali, incólume, parado numa fracção temporal ou num momento, eternamente jovem e recatado, em pose quase feminina, atraente, belo.
No seu pudor de exilado, ciente de si mas escurraçado pelas invejas de capelinhas sem fim temendo-se obscurecidas pela claridade da sua presença que as destronaria, sonha acordado como um garoto nos sortilégios da criança na sua própria animação que a tudo dá vida, objectos indignados das suas tropelias.
Na sombra, um vulto tenta escapulir-se ao som de um movimento perpétuo dedilhado com mestria numa guitarra como água corrente que em turbilhão se funde com o rio e com o mar, com o infinito.
Tudo num momento.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Março de 2009
Jaime,
Carlos Paredes!
Obrigada por um momento tão belo e tocante.
Nada melhor para acompanhar este seu texto.
Beijinhos
Filomena
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