domingo, 26 de julho de 2009

SEM SENTIDO NENHUM

( Posto em comentário, rascunho, na caixa de comentários da página anterior por sugestão de minha mulher )
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Sem sentido nenhum
nem um
nem pum
nem toda a sorte de rum
nem bebida
nem comida
nem por saber-te ungida
aqui multiplicadas
sem norte
sem sequer terem a sorte
as palavras divididas
são autênticas lamelas
são miseráveis favelas
são sequências amarelas
são pequeninas parcelas
de uma conta por achar
são nada mais que encontrar
ou esconder com falta de ar
entre o que elas queiram dar
são toda a sorte
sem corte
são as palavras meu norte
e se te revês neste porte
é porque elas nesta rima
estão prenhes de minha enzima
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 26 de Julho de 2009

1 comentário:

manuela baptista disse...

Sem Sentido Nenhum?!

É uma vaca amarela
uma gata na tigela
um pesponto
um contraponto
um sapo de gravata
uma batata
uma avestruz
contra-luz
um laço sem nó
no sapato
um pão de ló
roubado a um palhaço
um buraco
no mar alto
um vaidoso
de um contralto
uma velhinha atrevida
um chocolate preto
com dor de barriga
um barco
de pernas para o ar
um ministro a besourar
um pirata a chorar
e um besouro a governar

A música antiga e a barroca foram de férias e deram lugar a dançantes sombras quase chinesas!

Tiveste 5 a matemática!

Manuela Baptista