sexta-feira, 13 de março de 2009

A CRISE E AS CRISES

Como o afirmou o Príncipe Carlos de Inglaterra no Rio de Janeiro e, nem de propósito (!), logo reforçado pela comunidade científica internacional, a presente crise económica não é nada quando comparada com aquela derivada dos desequilíbrios ecológicos e do aquecimento global.
Vou, no entanto e uma vez mais, mais longe!
A presente crise económico-financeira é tão só mais um sinal que aponta para a urgência inadiável na inflexão global de Paradigma.
A Terra, o eco-sistema e o nosso Mundo, a Comunidade Internacional, não se compadecem mais com paleativos e estes, implementados casuisticamente e sem visão global de futuro, apenas vêm adensar a prazo uma crise que é, são cada vez mais as vozes que em coro o afirmam (!), de sobrevivência pura e simples.
Atacar por aqui, atacar por ali, ao sabor de interesses parcelares, de pouco ou nada adiantará a médio senão mesmo a curto prazo!
E que ninguém pense ser o Homem indispensável, dê no que isto der, à Criação, como se Deus nos reservasse a nós um papel determinante e imprescindível sem que este não tivesse de ser feito de opções pelo arbítrio que ou é livre ou, tarde demais, resultaria em catástrofe ou apocalipse!
É na Frente Política e rapidamente que as grandes opções charneira terão de ser, na conjugação transversal de interesses e tendo na mira o bem comum e não destes ou daqueles grupos, terão de ser, dizia, inadiavelmente e com coragem, em aberto como em Paradigma se estampa na minha Obra, consagradas.
Não dá para me repetir ou voltar atrás, sobretudo quando o contraditório se emudece no silêncio que só pode ser cúmplice com esta sinfonia que em vaga de fundo se ergue.
Mesmo se tocada intimista, ao fim da noite ou ao pequeno-almoço!
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Março de 2009

12 comentários:

Anónimo disse...

OBRA FEITA


Como escrevo na primeira página, tenho Obra feita da qual o silêncio, explícita ou implicitamente, se torna cúmplice!

A Obra está escrita, devidamente sistematizada, estende-se nos anos, já vinte anos e nela, eu próprio desenvolvo o contraditório que outros se abstiveram ou demitiram de livremente exercer.

Depois, não deixa de ser curioso e, confesso, estimulante sempre (!), que pegando-se em pontos dispersos do que vou dizendo ou escrevendo, já que a complexidade do Mundo nos impede de escrever tudo de uma penada (!), se parta daí sem ter em conta tudo o resto que escrevi, repito, sistematicamente, como se implicitamente me sugerissem que escrevesse tudo, outra vez e desde o princípio.

Estilo pequeno almoço japonês:

O que é que vamos, então, tomar!?

A discussão arrasta-se então e passando a hora do pequeno almoço já é hora de almoçar, passa a hora de jantar e ao fim da noite lá escrevo a primeira página que agora Vos disponibilizo.

Sentado à mesa e já exausto faço um ponto de ordem e da plateia, simultaneamente, aplaudo!

E olho para os canais do planeta Marte em conversa muda com Schiparelli:

Por este andar, mais desérticos e esturnicadinhos do que ele, nos acabaremos por, finalmente, contentar!!!

Se para isso, entre refeições, nos sobrar algum tempo ...


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Março de 2009

Anónimo disse...

FILOMENA

Preciso, urgentemente, da Sua ajuda:

Por qualquer razão que me escapa e pretendendo editar um comentário noutro blogue, subscrevi uma conta, google, salvo erro, e utilizando o meu email e palavra passe e não aqueles que me deu que agora me impedem o acesso ao painel do meu blogue.

Estou que nem uma tarântola sem saber o que fazer!

Importa-se de me ensinar tudo outra vez!?

Obrigado


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Março de 2009

Anónimo disse...

FILOMENA


Já consegui emendar a mão e resolver o problema!!!

Não sei se por ter lido a Oração que o Padre Nuno editou no Seu blogue ...

...

Obrigado, à mesma!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Março de 2009

Anónimo disse...

Crise

"Se dou comida a um pobre, chamam-me santo; mas, se pergunto porque é pobre, chamam-me comunista." D. Helder Câmara

Eu gostava muito deste Bispo, justo, bom preocupado com as pessoas e com a Terra que partilhamos.

Se puderem vão ao Diário de Notícias de hoje e no item "Opinião" leiam a crónica do Padre Anselmo Borges.

É só copiar e colar:

http://dn.sapo.pt/2009/03/14/opiniao/no_centenario_d_helder_camara.html

Manuela Baptista

Anónimo disse...

Bom Dia!

Ó Jaime, só agora é que reparei que andou um bocadito atarantado!
Estive a corrigir provas e francamente quando vim à sua página, apenas havia um comentário, o seu primeiro.

Ainda bem que resolveu tudo, porque senão eu cá estaria para o ajudar.
Às vezes acontecem assim umas coisas estranhas...

Também já li o poema que a Manuela me enviou e que vou colocar no meu blog.

Meus Amigos, vou sair daqui apouco e passar a tarde com o meu Pai. Vou levá-lo até ao mar.

Beijinhos

Filomena

Ana Cristina disse...

Olá Jaime e Manuela

Cantar a 5ª.sinfonia como tema musical para a escolha do pequeno almoço de uma família é uma escolha de classe.
Aliás qualquer tema poderá servir (desde que respeitando a dignidade humana) para divulgação da música clássica tão esquecida entre nós.

Pois é Jaime, os meus dentes andam em crise e puseram-me à beira de um ataque de nervos , rsrsrs, tipo Almodôvar!!

Tenho lido os seus posts e também os comentários aqui colocados, pelo que sinto-me a par da vossa vida e reflexões- big brother is watching you!

Espero que a Manuela já domine bem o pedreirês acima de tudo para exercer o direito do contraditório quando ouvir o orçamento das obras que já estão em curso ... devia ter sido antes,não!!!??

Sabe Jaime, nos conceitos estamos todos de acordo.
Aliás hoje em dia estamos sempre cada vez mais de acordo e raramente aceitamos o confronto, o debate de ideias, o apresentar de questões ou o levantar de polémicas que podem ser saudáveis e despoletar novas análises e concepções.

Ontem assisti a um congresso sobre o tema "Maus Tratos e Parentalidade" ; todos os oradores (aliás sempre os mesmos dos últimos anos...) disseram o mesmo com palavras muitas vezes iguais ou sinónimas umas das outras.Todos estiveram de acordo uns com os outros e não deixaram de se elogiar mutuamente no início das suas apresentações.Não se ouviu nada que não se tivesse ouvido sobre esta matéria nos últimos 3 ou 5 anos.
Na assistência mais de uma centena de pessoas.
Nos momentos de debate, o silêncio foi rei absoluto entre 2 ou 3 intervenções que não chegaram para abalar a apatia, o desencanto e o conformismo.
Ás vezes pergunto-me se a área da "intervenção social" não se tornou numa oportunidade de negócio e de protagonismo para um punhado de "pensadores" que debitam normativos teóricos e enquadram teses de mestrado sucessivamente expostas com sorriso benemérito e coincidente aceno de cabeça.

Jaime,nos conceitos estamos todos invariavelmente de acordo.

Somos todos muito amigos uns dos outros.

E não passamos de uma aldeola onde a cuscuvilhice, a bisbilhotice e a difamação é a principal ocupação dos habitantes.

Poucos, muito poucos fazem a diferença e preferem continuar a fazê-la discretamente nos seus "closets".

Precisamos urgentemente de novas lideranças, novas atitudes, novas caras.
Precisamos de organizações preventivas e não curativas.

Precisamos de confronto, de caos!

Vou ao supermercado, a manhã passou num ápice e a despensa está a pedir atenção.

1 grande abraço e até já (tomem um cafézinho por mim na esplanada da Garrett que com este sol deve estar maravilhosa!).

Ana Cristina

Anónimo disse...

QUANDO A COISA EMPANCA


Quando a coisa empanca
Fico como uma tarântola
Não me apresso cai a mona
Apanho-a e fica à tona


Foi assim uma manhã complicada que lá se acabou por resolver a contento!

Em todo o caso e uma vez mais, obrigado Filomena!

E eis que reaparece a nossa Ana Cristina, a nossa big-sister!

O Seu comentário merece-me, resumindo, a reflexão seguinte:

Com todo o respeito pelos eventos a que se refere e seus intervenientes, não é com salamaleques e intervenções estritamente academistas que a coisa vai lá!

Os acomodados dirigem-se a outros acomodados e todos estão de acordo nas suas imensas diferenças a zelar pelos circuitos dos seus inalienáveis pelouros ...

Tudo desde que sigam a ortodoxia curricular e sem fazerem ondas num amontoado de clichés sem reflexividade que desencadeiem.

O princípio é este:

Tens um canudo, então podes falar com autoridade sobre tudo e mais alguma coisa!

Se és engenheiro tens toda a autoridade para discorrer sobre a arte;

Se és artista consagrado, porque não discorrer sobre economia;

Se não tens canudo, cala-te!

Salamaleque para cá, salamaleque para lá e não tendo eu quaisquer habilitações superiores concluídas, já ultrapassei qualquer tese de doutoramento!!!

Em prejuízo aparente, não só da minha vida profissional como académica, mas a Tese discorre e desenvolve-se sem parar numa dimensão inusitada e transversal!

Tudo devidamente registado, agora em rede que transcorre de outros para este blogue.

Ligada à vida e à práxis, congruente e para quem a quiser ver ou ler!

Sempre, mas sempre, sem evitar a polémica e nem o contraditório e sem temer ou sugerir por tal que o interlocutor, ao ser afrontado esteja, em simultâneo, a ser desautorizado.

Só se desautoriza quem quer!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Março de 2009

P.S.

Ainda bem que está melhor dos seus dentes pois se não bastassem já os molares, que dizer de um almodovar ...!?

Desses, não me nasceu nenhum!!!

Quanto ao orçamento, apenas nos pode ser dada uma estimativa já que tudo dependerá do que se vier a encontrar debaixo do chão.

Debaixo do chão se encontrará o ... tostão!!!


JLF

Anónimo disse...

Levantado do Chão

Aqui nesta aldeola, os orçamentos são como os Congressos já sabemos que não levam a lado nenhum, são estimativas românticas que nos fazem acreditar que tudo acabará bem!

E quando o chão estiver todo levantado, esperamos que se encontre um tesouro, quem sabe?

Seja bem vinda, Ana Cristina, já tínhamos saudades suas!

Ensaio Sobre a Cegueira

"Maus tratos e Parentalidade". Eu já ouvi isto, não ouvi?!

Pois com a má educação que anda por aí eu acho que o que faz falta é uma lamparina bem dada! Não especifico em quem...

Coffee and Cigarettes

Hoje a esplanada da Garrett estava insuportável o que nos fez rumar até ao Cabo da Roca e fazer a pé, aquele caminho lindo que conduz à Praia da Ursa, sabe qual é?

O mar estava cor de esmeralda e soprava um ventinho frio!

Manuela Baptista

Nota: peço a José Saramago e a Jim Jarmusch que não me cobrem direitos de autor.

Ana Cristina disse...

Claro que já ouviu, Manuela, e de certo da boca das mesmas pessoas que andam há anos a defender o superior interesse dos menores, sem que isso se traduza em algo mais senão a construcção e gestão de mais umas casinhas de acolhimento, com patrocínio de mecenas e financiamento da seg.social...

Não me faça inveja com esse passeio até à praia da ursa.

Quantas vezes faziamos o percurso até à praia do Abano e depois a pé subiamos a serra e deixavamo-nos cegar pelo azul desse mar imenso onde apetecia mergulhar em busca de tesouros escondidos (talvez o azul mais parecido com o mar de Creta e das ilhas gregas!!).

Quem serão os cegos?

1 beijinho.
Ana Cristina

Anónimo disse...

...são aqueles que não querem ver...

Beijinhos

MB

Anónimo disse...

Amanhãs

Filomena, obrigada por ter corrigido o meu amanhã! Gostei muito da ilustração que escolheu.

Um abraço

MB

Anónimo disse...

CEGOS


Pior cego não é aquele que não vê já que ouve melhor, tão bem que é como se visse duas vezes.

Pior cego é o que julgando ver e fiando-se no que vê não ouve e porque não ouve nada consegue ver nem distinguir.


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 14 de Março de 2009