quarta-feira, 29 de julho de 2009

HOMBRIDADE

Escolásticos, escondem-se por aí agarrados aos seus currículos, incapazes de verem para além dos seus fios de prumo, dos seus saberes específicos que, afinal, com todos os outros se complementam, num academismo soletrador apenas, já não é mau (!), dos alfabetos.
Incapazes de se aventurarem senão por trilhos reconhecidos o que também já não é mau de todo (!), esqueceram a dialéctica que a todos, metodológica mas holisticamente os fazem confluir.
Porque se há trilhos e nada como escalpelizá-los, todos eles como veios de um sistema maior e que nos ultrapassa, ai de quem arrogante afirme que não (!), interagem, num incontido dinamismo, multifacetado entre si.
Vantagens de um percurso que, se não exclui porque não excluo os saberes especializados, antes os valorizo, na linguagem comum, porém, a todos os faz incluir e não a excluírem-se, nas partes que ao todo o enriquecem.
Enriquecem e potenciam!
Exponenciam ...
Escalpeliza-se Deus e a Sua ausência como se se quisessem marcar pontos;
Escalpelizam-se as artes como se estas, apenas pela tecnicidade das suas linguagens específicas, dos contextos ou do sucesso imediato se pudessem avaliar;
Obcecam-se as mentes nas demonstrações científicas, naquilo que objectivamente se comprova ver, fundamental (!) e escamoteia-se tudo o resto e o ouvir, e o sentir, como se como autómatos nos conformássemos com tão só.
E a hombridade, esse desejo de ombrear, altivez louvável, dignidade, nobreza de carácter tão reclamados e imprescindíveis na criação de um novo esboço, apenas perfil global a ser paulatinamente preenchido e sem o qual os contornos de um Novo Paradigma, com dimensão humana porque só pode é tê-la (!), não se compõem nem definem!?
Hombridade, perdoai-me (!), não me falta para escrever o que aqui Vos deixo, mas onde fica a hombridade que recíproca a exponencie ainda mais!?
Neste meu registo minimalista, os meus Destinatários de sempre sabem muito bem o que eu quero, escrevendo, dizer!
E uma entre as muitas coisas que eu quero dizer é que sem a valorização, pelo exemplo, da hombridade não se previne e muito menos contém o flagelo, a chaga aberta dos compadrios e da corrupção.
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Julho de 2009

1 comentário:

manuela baptista disse...

Jaime e Senhores a Quem Se Destinam os Conceitos

Pois muito bem destinatários ou não, valorizem, analizem profundamente a hombridade mas não se esqueçam da Mulheridade.
Nunca ouviram falar?

Talvez seja por isso que ainda não terminaram os compadrios e a corrupção.

Agora este conceito de escalpelizar, tem a ver com escalpelar? De escalpe?É que acabei de ver o "Dexter" e ainda estou um pouco dissecada...
Eu hoje estou de cortar à faca.

Durmam bem.

Manuela Baptista