terça-feira, 22 de setembro de 2009

FOI HÁ VINTE ANOS

Tem vinte anos a descoberta, a constatação escancarada e ao alcance de todos e que sublinho, no seu culminar, na Tetralogia que acabei de escrever e que refiro, anuncio na caixa de comentários da página anterior.
Vinte anos ...!
A descoberta que na própria palavra, afinal, à uma se desvenda e nos transporta a um deus que na humanidade, em cada uma das suas componentes singulares se realiza ou não, se resolve ou não e muito mais pela forma de como ao Outro se considere ou desconsidere do que por um arrazoado interminável, pseudo-doutrinário e fastidiante.
A descoberta de que de pouco ou nada adianta invocá-Lo em vão e abundantemente e muito menos se depois, não existir correspondência na consideração, na valorização do Outro, mais próximo ou distante e em consonância com a sempre tão propalada intenção expressa.
E da indeclinável ética que tem de presidir a cada um dos nossos actos e gestos!
A descoberta de quanto à palavra lhe deve ser concedida soberania, palavra enquanto Verbo ou simplesmente verbo, palavra escrita e todas elas que, deixemo-nos de subterfúgios (!), elas também e em si mesmas, encerram sinonimia como antonimia, basta constatá-lo num simples dicionário corrente e como a alfabetização, ela também concorre no sentido do Conhecimento, da sabedoria, na aproximação de todos nós e por sejam que linhas tortas em que se derive que todas acabam por concorrer para o Direito em que Deus escreve declinando medos e pudores bestas.
E o silêncio tombou então sobre mim mesmo como se, ao descobrir tão evidente e exposta constatação, a todos os saberes, apreensivos, os tomasse de assalto pelo ridículo em que se julgassem cair!
E, pese embora, ainda hoje, aguardo pacientemente por uma resposta dos meus outros Eus, meus Pares e Iguais, na palavra que pelo Verbo, entretanto, exponencial e afortunadamente desenvolvi como continuo, incansável, a desenvolver ...
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Setembro de 2009

2 comentários:

manuela baptista disse...

Como há vinte anos que exercitas o verbo ou a verbe

e eu já sabia de antemão que entravas por aqui adentro a fazer comentários ou, quiçá uma nova página,
continuando o referido exercício

adiantei-me para te perguntar se pelos vinte anos, estás assim a modos...a querer uma festa?

Mas aviso já, que apenas podes trazer um Eu, porque senão é gente a mais.

agora faz tu os outros convites.

e agora vou-me embora por hoje
que este dia de Outono cansou-me

Fortuna desperata, triste nome, boa música

Manuela Baptista

Jaime Latino Ferreira disse...

MANUELA BAPTISTA


Continuas irónica!?

Mereço mais do que uma festa, um festanço e tu também!

Eu, levo-me a mim e ao meu outro eu que és tu e quanto aos outros, a todos os outros, estão todos convidados!

E, já agora, o que aqui exprimo não é tristeza antes uma constatação, para que se saiba e fique registada nos anais e também para que não nos venham com paternalismos para cima ...

Já há poucos paizinhos por aí em condições de nos virem pregar um sermão!

Melhor testemunho de Deus ... é difícil!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 23 de Setembro de 2009