Alguém terá dito, Francis Bacon julgo, que o belo não é a verdade ...
Eu prefiro dizer que o belo não é toda a verdade.
Melhor ainda reforçaria que a arte, no tempo e de avanço, vai variando, forçando os cânones estéticos, introduzindo novos elementos de variação, de avaliação que à estética a redimensionam e nela integram o que até então não se predispunha a ouvir ou a ver, a admirar, desafiando aqueles a quem ela se destina e aos seus conceitos padronizados, enquistados, acrescentando ao belo o que até então se teria, em hipótese, por feio.
O nazismo excomungou aquilo a que chamou arte degenerada ...!
Hindemith incluía-se no role desses artistas que como muitos outros se refugiou nos Estados Unidos.
Acrescentaria então que na arte, o belo é subjectivo embora contenha em si mesmo todos os elementos de avaliação que o permitem dar, definir como tal.
Eu prefiro dizer que o belo não é toda a verdade.
Melhor ainda reforçaria que a arte, no tempo e de avanço, vai variando, forçando os cânones estéticos, introduzindo novos elementos de variação, de avaliação que à estética a redimensionam e nela integram o que até então não se predispunha a ouvir ou a ver, a admirar, desafiando aqueles a quem ela se destina e aos seus conceitos padronizados, enquistados, acrescentando ao belo o que até então se teria, em hipótese, por feio.
O nazismo excomungou aquilo a que chamou arte degenerada ...!
Hindemith incluía-se no role desses artistas que como muitos outros se refugiou nos Estados Unidos.
Acrescentaria então que na arte, o belo é subjectivo embora contenha em si mesmo todos os elementos de avaliação que o permitem dar, definir como tal.
Então, o belo não é a vida, a verdade toda já que nesta há fronteiras intocáveis e tantas vezes violadas, sob pena de cairmos no relativismo absoluto, embora à vida, integrando o até então dado como feio, obsceno mesmo (!), no belo, a arte o potencie, portanto, num belo que é muito mais do que os estritos cânones sociais encarados de uma forma fundamentalista, estática, que se quisessem impor formalmente ao conjunto da sociedade.
Por isso, muitas vezes, a arte choca, sempre chocou (!), faz parte da sua natureza pré-monitoria, precursora, sem que o choque queira dizer, necessariamente, blasfémia ou outros epítetos equivalentes que alguns estão logo prontos a lhe apontar num inquisitorialismo, esse sim, blasfemante.
Quanto mais admiro a arte da renascença ou do barroco, o classicismo também, mais gosto da arte contemporânea.
Por isso, muitas vezes, a arte choca, sempre chocou (!), faz parte da sua natureza pré-monitoria, precursora, sem que o choque queira dizer, necessariamente, blasfémia ou outros epítetos equivalentes que alguns estão logo prontos a lhe apontar num inquisitorialismo, esse sim, blasfemante.
Quanto mais admiro a arte da renascença ou do barroco, o classicismo também, mais gosto da arte contemporânea.
Francis Bacon, Tríptico
9 comentários:
Jaime!
Não sei de quem é esta frase, mas acho-a muito interessante:
" A definição do belo é fácil; é aquilo que desespera"
Gosto.
Um beijinho
Filomena
FILOMENA
Minha Querida,
Numa coisa concordo com a Sua citação e essa é a de que o belo não nos é indiferente.
O belo toca-nos, pode desesperar como emocionar tão só ou tão mais mas não nos deixa, seguramente, indiferentes.
O belo é polémico, plural!
Eu hoje vou evitar retribuir beijinhos, não porque não sejam belos mas apenas para não ter de ouvir bocas foleiras, belas seguramente e nada delicodoces, da minha mulher ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Julho de 2009
O Que Oferecemos, Mesmo Quando Nos Dói O Coração
Belo e generoso foi o gesto da nossa amiga Ana Cristina, que ontem dia 18em que o filho do Jaime completou 30 anos, ultrapassou o que todos os dias 18 a fazem recordar, aliados aos 30 anos que o seu sobrinho teria se ainda estivesse junto dela,vindo aqui por duas vezes deixar os seus votos de felicidade.
É Belo, é a Vida é a Verdade!
A beleza tem muitas faces, algumas delas assustadoras, pois não é belo o fogo, não é bela a tempestade perfeita?
E para dizer que não falei de flores...envio daqui muitos abraços e beijos a todos (com um ar inocente e nada foleiro)
Manuela Baptista
Filomena,
Paul Valéry é o autor desse pensamento.
Filósofo e poeta francês, era muito citado quando tirei o curso de Educadora de Infância. Nunca mais me esqueci dele.
Jaime,
Há um Francis Bacon que filosofa e um Francis Bacon que pinta.
Qual é mais belo?
Manuela Baptista
JAIME
Vamos voltar atrás com a fita... a Manuela a mandar bocas por o Jaime mandar beijinhos????
Não acredito!
Impossível!
A minha alma está parva!
Manuela,
Muito obrigada por me indicar o autor da frase.
Um abraço para si Manuela e beijíssimos para o Jaime.
Pronto!
Lá vai ela por -se a dizer que vai eliminar os blogues...rsrsrs
Filomena
ESCLARECIMENTO OU TALVEZ NÃO
Manuela,
Obrigado por tão pertinaz questão que levantas.
De facto não sei a qual dos dois devam ser atribuídas as palavras referidas no meu texto de primeira página, se ao pintor, se ao filósofo.
Seja como for, a citação vale por si.
Já te poderei, no entanto, adiantar que a página que se vai seguir, ainda dedicada ao pintor Francis Bacon, a ele lhe é atribuida a tradução livre que fiz e que nela incluo.
Quanto à Querida Ana Cristina, a ti me associo inteiramente a ela.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Junho de 2009
BEIJÍSSIMOS
Tinha que chegar a Filomena para deitar por terra toda a compostura a que nos havíamos proposto!
Beijíssimos
( Boa! )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Junho de 2009
Vê,
Eu não lhe dizia que era uma descomposta!?
Beijíssimos
Filomena
FILOMENA
Minha Querida,
Descomposta compostíssima!
( Atenção que ainda vem aí a Manuela a meter-se com os condicionalíssimos )
Beijos,
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 19 de Junho de 2009
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