http://www.youtube.com/watch?v=pp-Gl-70dSo
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Por iniciativa do The Washington Post, Joshua Bell, um conceituado violinista, normalmente pago a peso de ouro, foi posto a tocar num raríssimo instrumento, um Stradivarius de 1713, sem rotulagens, parangonas ou chancelas e informalmente, durante quarenta e cinco minutos, numa concorrida estação de metro da cidade.
Passou quase despercebido ...
Até que ponto, então, contextos, embalagens, rotulagens, parangonas ou chancelas não são elas importantes na aclamação do artista?
Valerá a interpretação, a interpretação e a obra pela sua qualidade intrínseca ou por pertencerem a A ou a B, consagrados, que antes de o serem eram anónimos mortais?
E o que é que terá sido necessário para passarem a ser citados a torto e a direito, aclamados e pagos a peso de ouro como referências incontornáveis?
Moverem-se influências!?
Disponibilidade!?
Juízo crítico!?
Contextos, embalagens, rotulagens ou parangonas não, porque esses ... só vieram depois!
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 6 de Maio de 2009
10 comentários:
RESPONDEI-ME POIS
Então, ninguém comenta ...!?
Estais perdidos na vossa indisponibilidade ...!?
Assoberbados de influências ...!?
Incapazes de um olhar crítico ...!?
Ou apenas interrogativos sobre o que aqui vos deixei ...!?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Maio de 2009
ANA
Agradecimento
Queria agradecer à Ana, mãe de meu filho, a dica que me deu e que me permitiu escrever esta página:
Foi ela que, por mail, me enviou esta informação disponibilisada pelo Washington Post, o anexo em que Joshua Bell toca, anónimo, na estação de metro e, reformulado o texto, devidamente mastigado o que me deixou, permitiu, por fim, o que ora Vos deixo.
Ana, um beijinho e o meu muito obrigado
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Maio de 2009
O Violinista Invísivel
Não sabia que "pérolas a porcos" era "Pearls Before Breakfast"...
No entanto, há uma senhora que o reconhece, os outros não sei sequer se o ouviram, na pressa e anonimato de uma gigantesca cidade.Só por esta senhora eu acho que valeu a experiência, ela nunca mais se esquecerá e contará a história a muita gente.
Tenho pena do violinista que não foi escutado, porque reconhecido como artista, já o era.E que pena temos da vida estúpida destas pessoas que passam, mas não páram?!
Há muita reconhecida e engravatada besta a ser aplaudida por aí e há quem tenha os sapatos rotos, coma o pão que o diabo amassou e seja um artista.
Se as "Pratas" da Garrett estivessem embrulhadas em papel de jornal,eu não as compraria.Mas se me deixassem cheirá-las, queria lá saber do papel...
As experiências são redutoras e há sempre excepções e assim fiquei a conhecer o conceituado Joshua Bell, que nunca tinha visto mais magro.
Logo, sou tão ignorante como se fosse apanhar o Metro, no entanto penso que pararia porque:
1) a música era boa
2) ele toca bem
3) o homem é bonito mesmo mal vestido
4)em situação normal a pressa não me ataca.
E agora Tertulianos, dêem aí uma ajuda porque andei aqui às voltas e não cheguei a lado nenhum...
Manuela Baptista
Boa Tarde, ou antes bom fim de tarde!
Já conhecia este vídeo... pois é, é interessante como quando estamos no spotlight das " coisas" e somos assim "umas pessoas importantes", anda tudo à nossa volta com lisuras e mesuras, mas se nos tornamos nuns" tipos quaisquer" e ainda para mais numa estação da"vida" onde anda tudo a olhar para o seu umbigo... bem... somos mais uns.
É aqui e é na China... é a vida!
Beijinhos para os dois
Filomena
CITAÇÃO
( Minha )
Passamos a vida a refugiarmo-nos em citações de terceiros consagrados, a refugiarmo-nos e a escudarmo-nos nelas sem que, muitas vezes, as questionemos tão pouco.
Eu, por mim, gosto de pegar numa citação e interrogá-la, dando-lhe réplica, vida também.
Modéstia à parte, a isto se chama juízo crítico.
Se eu me colar de citações passarei a ser muitos, sós, desgarrados e desenraizados como talvez quantos passam, tantas vezes, numa estação a correr e sem terem sequer o tempo de ver o belo que está, eventualmente, ali ao seu lado.
Em todo o lado!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 7 de Maio de 2009
Uma só conclusão:
Somos anónimos e invisíveis.
Cada vez mais devemos fazer as coisas e defender aquilo em que acreditamos por nós próprios, nunca para merecermos o reconhecimento alheio.
Gostei muito do vídeo.
Obrigada Ana e Jaime.
Beijinhos.
Ana Cristina
Olá Jaime,
Tal como a Filomena já conhecia o vídeo e a conclusão que tirei na altura foi que as pessoas andam demasiado apressadas, demasiado alienadas e viradas para si próprias (no mau sentido) para conseguirem apreciar seja o que fôr nas suas horas de correria, sequer para se dedicarem ao conhecimento, com raras excepções.
Lembro aqui a minha mãe, pessoa de uma geração bem mais calma e pousada, pois foi ela quem apesar de não ser uma mulher com estudos superiores, nem musicais, me ensinou muito nova o que era um Stradivarius e aprendi a partir daí a comparar e perceber o som diferente que se tira deles, dizia a minha mãe que o Stradivarius quando é tocado parece que chora. Aquela peça na estação de Metro não me parece ser a melhor para mostrar a diferença, mas tudo isto vem a propósito de que seguramente na geração dos nossos pais, que viviam noutro ritmo, muitas mais pessoas parariam para ouvir.
Hoje não se vive, nem se aprecia o melhor da vida, a música é muitas vezes uma metáfora dos sons da natureza e já nem essa a maior parte das pessoas entendem. Pena, não é?
Gostei muito, Jaime.
Beijinhos.
Branca
GOSTAVA DE SUBLINHAR
Eu gostava de sublinhar outras possíveis conclusões e que não são de hoje, são de sempre:
No tempo, sujeita a obra à prova do tempo, do tempo histórico, o que tem valor acaba por ser reconhecido embora nem sempre no tempo de vida útil do autor, do artista.
No tempo de vida útil porém, individualmente considerado, existe uma enorme dificuldade em avaliar, em desenvolver o juízo, o espírito crítico quando a obra não tem já uma chancela, quando esta não se encontra devidamente escudada em etiquetas, parangonas, contextos favoráveis, rotulagens ou embalagens.
Por outro lado, gostaria ainda de sublinhar:
O autor não faz sentido sem o outro autor, os destinatários a quem, por definição, a obra se dirige!
E é este, desde sempre (!), o drama do autor quando cria a sua Obra.
Incontornável!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 8 de Maio de 2009
INFORMAÇÃO
Antes do lançamento público de uma banda que, em tempos dirigi, os Terra a Terra, rodámos tocando pelas estações de metro da cidade de Lisboa e, convenhamos, o acolhimento que então recebemos foi bem mais caloroso do que aquele concedido a um instrumentista consagrado como o é, bem mais do que, alguma vez o fomos à posteriori mas muito antes dele, Joshua Bell!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 8 de Maio de 2009
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