Senhora ou mãe
Maria
pousada do agora ao que seria
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Intercessão
intersecção
ventre
onde planos cruzam-se entre
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Filha de Maomé
de Jehovah vem
ponte o é
Jerusalém
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Aparição que se ergue em ermida
apelo à Vida
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Modéstia de um olhar
que querendo o Mar
sabe não perder o que levar
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http://www.youtube.com/watch?v=dRxcrPiT2k4
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Maio de 2009
Maria
pousada do agora ao que seria
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Intercessão
intersecção
ventre
onde planos cruzam-se entre
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Filha de Maomé
de Jehovah vem
ponte o é
Jerusalém
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Aparição que se ergue em ermida
apelo à Vida
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Modéstia de um olhar
que querendo o Mar
sabe não perder o que levar
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http://www.youtube.com/watch?v=dRxcrPiT2k4
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 12 de Maio de 2009
13 comentários:
Salvé Rainha
Quantas vezes somos pastorinhos perdidos num monte sem cordeiros,nem verdes ervas onde deitar a cabeça, nem ribeiro onde matar a sede, nem Senhora deusa das deusas, rainha das rainhas?
O caminho que se escolhe para peregrinar é aquele que nos acompanha nos montes e nos vales, no cascalho e na areia fina.
Quantas de nós teriam a coragem de ser a mãe de Deus?
Manuela Baptista
É-me muito difícil comentar este post, sobretudo o texto da Manuela, se o do Jaime é lindo e a música escolhida maravilhosa, já o comentário de sua esposa levanta interrogações profundas e sujeitas a variadíssimas interpretações.
Quantas mães, em África e em mundos mais ricos mas com filhos lutadores, subversivos e diferentes, à imagem de Jesus, vivem dias de preocupação e tormento durante toda a sua vida, até que os veem crucificados noutras cruzes? Quanta coragem em tantos corações de mães que desconhecemos? Quanta coragem no coração de todas as mães que perderam os seus filhos ou que os veem todos os dias sacrificados a uma vida que não sonharam para eles, o que é um tormento contínuo e talvez maior, presos, torturados, colocados à margem...mães que são as "Marias" do nosso tempo, mães-heroínas.
Mães que têm o seu espelho em Maria, mãe de Jesus.
Tenho-as no meu coração.
Beijos para para os dois.
Branca
RAINHA DAS RAINHAS
A Senhora deusa, rainha das rainhas, ao seu tempo, obliterou-se, apagou-se diante do Sacrifício de seu Filho, filho de Deus Homem na expiação da Humanidade!
E nesse apagamento ... tornou-se Rainha!
Hoje, numa perspectiva dinâmica da História (!), a coragem de tanta mãe atormentada pelo sacrifício de seus filhos torna-as mulheres de pleno direito como logo os Santuários à Senhora, intercessora, intersectora não menos, paradigma de Deus no feminino, logo as consagram!
E estes sinais que acompanham no tempo histórico e em toda a sua complexidade, contraditoriedade também (!), os movimentos de afirmação da Mulher no Mundo ...!?
Saibam-se ler!
É isto, tão só, o que já não é pouco.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Maio de 2009
À Branca,
ser a mãe de Deus, no sentido físico e espiritual, mesmo mãe de Deus.
Imagine-se hoje 2009, quando interpelada: “Quem é o teu filho?”. E a responder:”É Deus.” Em que gueto viveria e que coragem seria precisa, para compreender Deus e para o partilhar com uma humanidade faminta de valores e perdida, porque não os sabe encontrar. Uma humanidade que considero capaz de o crucificar outra vez.
Maria teve a coragem de dizer que sim, a um anjo que não conhecia de lado nenhum.
E ser a mãe de Deus que habita em nós, logo nos filhos sofridos, nos filhos mortos.
E ser a mãe de Deus nos filhos radiosos e ousados, que partem na aventura da vida numa viagem sem regresso incerta e destemida.
É tudo isto que eu queria dizer,
é o que a Branca disse,
é o que o Jaime disse
e é também muito e muito mais.
Um beijinho
Manuela baptista
MUITO MAIS
A consagração da Virgem no Palco do Mundo, assim é chamado (!), por antecipação e que antecipação, contempla famílias monoparentais, modernas técnicas de inseminação artificial, mulheres e homens no exercício da maternidade e muito mais que, a esta luz inspiradora, se queira ver.
Numa atitude de humildade e abertura, despida de arrogância e negatividade, sem medo e com verdadeira Fé porque esta o retrai, sem medo do Mundo ...
E mais, e muito mais!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Maio de 2009
Perder a Tampa e Avacalhar
A Filomena não sabe, mas durante a noite enquanto todos dormem, os sapatos acordam, mexem-se dentro das suas caixas e alguns têm mesmo a ousadia de fazer saltar a tampa e vão pela casa toda provocar a confusão.
Divertem-se que nem uns doidos, troçam e assustam o gato,desligam o telefone, conversam, cantam e dançam!
Os sapatos chiques dançam com as botas da chuva, os ténis com as pantufas, os mocassins com os chinelos de quarto.
E assim distraídos, esquecem-se das horas e quando o despertador lá de casa toca, é uma correria louca para dentro das caixas e é aí que se enganam e trocam de caixa.
A bota preta passa a coabitar com a bota castanha e o mocassim azul junta-se ao encarnado...
É preciso compreendê-los, afinal vivem connosco todos dias.
Este segredo conto-o à Filomena que está baralhada com tampas e sapatos indecisos e também lhe digo que é a isto que o Jaime chama avacalhar, a esta mistura de pensamentos místicos com histórias provocadoras.
Beijinhos
Manuela Baptista
Olá amigos
Em 1987 ouvi Kiri te Kanawa cantar a Avé Maria de Shubert acompanhada de um violinista, na estação de metro do Deutcshe Museum em Munique.
Eu estava grávida da Diana, talvez 5 meses, e gozava uma licença sem vencimento de 1 ano para acompanhar o Tony numa especialização de Gestão que ele fazia na Alemanha.
Passeava muito durante o dia e conheci tudo o que havia para conhecer na maravilhosa cidade de Munique.
Nessa tarde, depois de sair do fabuloso Museu Alemão e antes de entrar no metro que me levaria de regresso a casa, sentei-me no chão da estação,com as minhas jardineiras de ganga que escondiam ainda a pequena barriguita de mamã feliz, misturada com centenas de pessoas que embevecidas e fascinadas ouviam a voz límpida desta senhora a ecoar nos túneis do U-Bahn.
1 beijo.
Ana Cristina
Ó Manuela!
Hoje o assunto era tão sério e tão digno que eu nem me atrevi a dizer um "olá" e vai a Menina e enfim, pronto, "lambuza" tudo( que eu não digo essas palavras em público, não senhor!, que eu sou mal-comportada... mas mantenho a pose...Ai que isto está a fugir o pé prá dita...)
A Menina apanha o Jaime nas Guerras e pronto é o que se Vê!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKk
Juízo, que eu já tenho falta dele há muiiiiiiiiiiiiiiiiiiito tempo
Filomena
U-BAHN
Nunca percebi muito bem esta expressão alemã para o metro que literalmente quer dizer comboio em u já que, em rigor e se este evolui através de túneis estes ficam muito mais bem representados por um n e logo se deveria chamar n-Bahn ...
Em verdade, ao ouvir Kiri te, o Münchener U-Bahn deve ter dado uma volta de cento e oitenta graus, comprovando, assim, a minha tese.
( Aqui riria castiço como a Ana Cristina, naquele Seu desajeitado riso de jardineiras )
AVACALHAR
Quanto a este ponto de minha mordacíssima mulher, oiço ao longe o frenesim inquieto de uma pateada anunciando a inquietude dos sapatos, prontos a que lhes saltem as tampas das caixas em que são meticulosamente guardados, para mais uma noite de desvario e em busca do síndrome da Cinderela.
Não é, Filomena!?
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Maio de 2009
FILOMENA
Minha Querida,
Está-Lhe mas é a fugir o pé do sapato ...
... ou o sapato do pé!?
Será o mocassin ou a bota promíscua!???
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Maio de 2009
A reflexão vai linda, profunda, passei agora, mas volto mais pela noitinha, foi só para deixar um beijinho.
Estou a adorar o sentido de humor entre a Filomena e a Manuela!
O texto da Ana Cristina encantou-me - uma mãe em sintonia com a música, um momento de grande comunhão, que imagino emotivo.
Beijinhos
Ai! Ó Branca, a menina não se meta que isto já está tudo numa "guerra de Palavras de Rosas"!
Ai! Que até me falta o ar!
E agora a sério!
Vou retirar-me par rezar um terço, coisa que faço muitas vezes, porque gosto porque me dá paz e porque gosto de rezar.
Falo com Deus todos os dias. São conversas por vezes um bocado... à minha maneira, mas acredito que Ele tem tempo para me escutar e para me dar a força que tantas vezes preciso.
É a minha Fé e gosto de a ter.
Fiquem todos bem
Nini, beijinho para Si
Meninas e Menino, bons sonhos
Fiquem com os Anjos
Filomena
Eu compreendi bem o que a Manuela nos disse: "Quantas de nós teriam a coragem de ser a mãe de Deus?", compreendi ainda e muito bem o comentário seguinte que achei lindíssimo.
"É tudo isto que eu queria dizer,
é o que a Branca disse,
é o que o Jaime disse
e é também muito e muito mais."
Exactamente, muito e muito mais, por isso as minhas palavras foram tão incompletas, tão aquém da dimensão de Maria, um texto que ficou pela metade.
Queria apenas lembrar algumas mães que neste tempo de falta de valores, têm igualmente que ter uma forte coragem e persistência para ensinar os seus filhos a sobreviver à hecatombe que os rodeia e mesmo assim a continuarem a ter respeito pela diferença e pelo amor à diferença e a saberem perdoar e amar, sempre.
Beijinhos
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