terça-feira, 5 de maio de 2009

ARTE E POLÍTICA

http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/5/durao-barroso-em-entrevista-a-mario-crespo.htm
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Ontem à noite, no programa Mário Crespo Entrevista na SIC, Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia afirmou já na sua recta final, qualquer coisa como entender ser a política instrumental.
Afirmou mais, que bom é que não se confundam os planos e dimensões da arte por um lado e da política por outro o que até percebo muito bem mas, em verdade, cumpre-me acrescentar, precisando:
De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e logo à cabeça:
Política é a arte ou ciência de governar ( ... );
Por seu lado Arte, também logo à cabeça e na miríade de sentidos que a palavra comporta é, do ponto de vista do platonismo, a habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional enquanto que na perspectiva aristotélica é o conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objectos; técnica ( ... ).
Assim, se à política a podemos considerar como instrumental, à arte também podemos e logo porque uma e outra têm ou deviam ter em vista finalidades que se realizam no bem comum.
Já imaginaram, instrumentalmente, o que seria a vida sem arte ...!?
Numa conversa como a tida nesta entrevista, oral que é, eu não sei, com rigor, com que sentido são utilizadas as palavras mas se, é certo, do ponto de vista da oralidade nada distingue política de Política ( com maiúscula ) ele há, contudo, uma enorme diferença entre elas pese embora poderem concorrer e quantas vezes concorrem (!) para o mesmo fim.
Política escrita com maiúscula, confere à política a Arte, a arte ou ciência de governar, de representar apenas que seja.
A Arte, por seu lado ela também é instrumental, repito e logo na medida em que permite executar ou responder a finalidades.
Os planos da arte e da política, esses, não se devem confundir mas o certo é que também não se pode confundir política com Política e a palavra não deve ser, não pode ser utilizada indiscriminadamente e sem ressalvas.
À Política, imbuída que tem de estar, tal como a Arte, de um suplemento prenhe de ideal, de sonho e que, por isso se aproxima muito mais da Arte, da arte de representar do que da política, tem de lhe ser conferida a soberania que lhe falta, que escasseia e sem a qual a política se confunde não com maiores consensos mas com a mesquinhez, os egoísmos do momento, em compromissos estreitos e enredados num presente sem futuro como a presente crise, dilacerante, o comprova.
Instrumentais que bastem ...
Uma e a Outra!
A Arte e a Política.
O resto ... são convenientes jogos de palavras ...!
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( digam-me lá se este trecho musical não é instrumental de uma melhor respiração )
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Maio de 2009

do brinquedo à arte de cavalgar

11 comentários:

manuela baptista disse...

Não aguentei os 30 minutos de Zé Manel e fiz um curtíssimo intervalo. Mas já era de esperar não?

Temos obrigação de escolher melhor, os artistas para este filme que é a política nacional e lutar para que a escola das artes e ofícios políticos tenha bons professores e os seus alunos, elevado aproveitamento.

E qual foi a escola de Jean Baptiste Lully? Filho de um moleiro vai por aí fora até chegar a Mestre de Música da corte de Luís XIV, o Rei Sol. "O Estado sou Eu".

E por ter sido a 1ª a comentar, o bolo de chocolate é meu!

Manuela Baptista

Ana Cristina disse...

Olá Manuela e Jaime

Aceito uma fatia de bolo de chocolate,sim, e já agora uma chávena de chá ... de jasmin se houver!!!!

Neste fim de noite,em pose de descanso, recordo cada segundo do fantástico cortejo da queima das fitas da Uiversidade do Porto, que encheu as principais ruas da baixa da cidade até à Av. dos Aliados, com muitos milhares de estudantes e outros tantos familiares,amigos e turistas que se deslumbram com o brilho(tem razão,Jaime), a côr, a alegria, a música, a juventude e a irreverência desta festa de estudantes, desta festa de uma cidade inteira.

No cortejo, que tem início ás 15h (junto ao Palácio de Crstal)e à hora a que vos escrevo, ainda continua com as várias faculdades das Universidades Privadas a chegaram à Av. dos Aliados, transpira uma tradição universitária saudável e revigorante.

"Praxe é linda" era a frase escrita num cartaz gigante em plena Praça da Liberdade.

Das representações académicas,aos finalistas,às fitas, cartolas e bengalas dos doutores,aos carros alegóricos,aos caloiros que depois de passarem junto à tribuna de honra (em frente à Câmara Mun. do Porto)passam a pastranos,assistimos a um espectáculo, a uma manifestação de vida, de energia e esperança.

Seria de esperar que este dia e o seu simbolismo desse matéria de notícia de 1ª.página em todos os telejornais e jornais nacionais.

Pura ilusão ou completa loucura minha.

Afinal,que importância tem a organização académica de uma das maiores Universidades do país que reúne na rua mais de 40.000 estudantes?

Importante mesmo é informar o país sobre os golos marcados pelo Cristiano Ronaldo no jogo do Manchester.

Às vezes,por momentos,sinto que teria alguma capacidade para a arte da política e da governação do território !!! E esta,hem...

1 beijinho da mãe da Diana que a esta hora deve ir a caminho do Queimódromo para os concertos da noite que incluem o sempre presente e padrinho da queima ... o inconfundível Quim Barreiros, rsrsrsr!!!!

P.S.- Manuela,se encontrar por aí o Zé Manel nestes dias de Estoril Open, por favor apresente as minhas desculpas por não lhe ter prestado atenção na entrevista a que o Jaime foi buscar inspiração para o post de hoje.

Lamento (será que sim..), mas uma mãe troca tudo pela felicidade de uma filha finalista em semana de queima no Porto!!!

Ana Cristina

jaime latino ferreira disse...

MANUELA


Meu Amor,

Claro que já esperava que não ouvisses a entrevista toda!

Resolvi, no entanto, anexá-la na exacta medida em que a ela ou a um excerto dela me reporto e se ninguém é obrigado a segui-la ela aí fica contrapontística ao que escrevi.

Eu, aliás, não escrevo, tal como Durão Barroso também não fala, estritamente, de política nacional, no meu caso, apenas do conceito de Política.

E se é certo que o cadinho em que se moldam os políticos que ultrapassam o âmbito nacional neste, nas políticas nacionais se formam, na Casa que é Comum eles se projectam e nada nos impede de os aplaudirmos ou criticarmos ou reflectirmos apenas sobre o que, em jeito de boutade possam dizer.

Lully, como dizes, nunca foi à escola o que não o impediu de usar a música como instrumental que o fez brilhar na corte do Rei Sol ao tempo em que o Estado era Ele, Luis XIV, instrumental que nos permite hoje usufruir e respirar o seu legado ...!

Na Política e nos nossos dias, até onde se poderá ir e sobretudo se exercida na superior Arte de bem a cavalgar!?

Quanto ao bolo, ele é teu e por teu mérito mas eu ... já lhe comi três fatias!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Maio de 2009

jaime latino ferreira disse...

ANA CRISTINA


( Profundamente desalentado )

Ai, ai ...!


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Maio de 2009

Ana Cristina disse...

Jaime

Desalentado?
É só isso que tem para me dizer?

Ai, valha-me S.João, padroeiro da invicta e mui nobre cidade do Porto!

O bolo estava delicioso,mas acho que vou à cozinha arranjar uma "bucha" para entreter o estômago ;)

Bjis.
Nini

jaime latino ferreira disse...

ANA CRISTINA


Puxa por mim e depois não se queixe e se só agora Lhe respondo foi porque estive a ouvir, uma vez mais, a entrevista, como é que vocês dizem (!?), do Zé Manel.

Diga-me lá, será a Invicta Cidade instrumental!?

E S. João Padroeiro, é ele instrumental!?

E o bolinho delicioso para entreter o estômago, é instrumento de quê!?

Olhe seriamente para as três perguntas e responda-me, honestamente:

Será qualquer deles, um simples instrumento?

( Ai, ai ...! )

E um beijo, será, ele também, um instrumento, um veículo ou o quê!?


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Maio de 2009

Ana Cristina disse...

Jaime

Serão...

...de recordações
...de luz
...de emoções
...de alegria
...de sentimentos
...de satisfação
...de descoberta
...de afectos
...de amizade
...de aconchego
...de protecção
...de AMOR!


Vou dormir que "jazz faz tarde"!
Beijinhos.
Nini

jaime latino ferreira disse...

ANA CRISTINA


Minha querida,

E um ai, ai, é instrumental ou ...

...vá, vá, não me bata!!!

Beijinhos de boa noite


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 5 de Maio de 2009

manuela baptista disse...

O que eu sei é que um bom bolo de chocolate é instrumento de alguma felicidade!

De facto os jornalistas deveriam noticiar as coisas boas e bonitas que acontecem,como o "fantástico cortejo da queima das fitas da Uiversidade do Porto" tal como reportou a nossa babadíssima amiga Ana Cristina, ou por exemplo, quem enfrenta a crise e cria com sucesso o seu próprio emprego, ou como comer equilibrada e gostosamente mas gastando só metade!

Talvez também me candidate a político.

Até logo.

Manuela Baptista

manuela baptista disse...

Do D.N. de hoje:

"O Tribunal de Parsabad Moghan, localidade iraniana junto à fronteira com o Azerbaijão, condenou à morte - por lapidação - um homem que admitiu ter cometido adultério"

"...o Irão prepara-se para executar hoje, por enforcamento dois menores, isto apesar do Governo de Teerão ser signatário da Convenção dos Direitos da Criança"

Perante isto,o enjoo que sentimos não é do chocolate, pois não?

Manuela Baptista

Ana Cristina disse...

Manuela

O enjoo que sentimos só pode ser mesmo do ser humano.

Beijinhos.
Ana Cristina