Pesa como chumbo
o ar que vem
do mar e que anuncia
o que o tem
trazido e devolvido
a esta fraga
onde um castanheiro cresce e bem
-
Dia de Verão tórrido
o denuncia
antes de chegada a hora
que demora
a vir-me convocar
neste meu estar
e a deste me levar por todo o mar
-
Pesa o calor
como um ardor
que a mim me obriga
seja onde for
a não parar de erguer
o que é meu querer
num grito que me abarca todo o ser
-
-
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Junho de 2009
6 comentários:
XABONAS
Caro Amigo,
Seja bem vindo a esta casa, sinta-se nela bem, é um prazer tê-Lo entre aqueles que me seguem!
Também já dei uma passagem pelo Seu blogue e nele me inclui como seguidor.
Seu
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Junho de 2009
Jaime e Manuela!
Pois é, é o Verão que se anuncia em todo o seu esplendor.
Bom domingo para os dois
Filomena
FILOMENA
Minha Querida,
O Verão ...
A maturidade com todo o peso da sua responsabilidade em função das opções e dos percursos feitos na vida!
Comum no Nordeste Transmontano e no interior a Norte, imagine, no nosso jardim floresceu, altaneiro e aqui no litoral um castanheiro que já rebentou em flor e onde os ouriços despontam em abundância ...
É um dos orgulhos de minha mãe!
Às vezes, confesso-Lhe, identifico-me com ele:
Pesem embora as condições, aparentemente adversas, ele não deixa de crescer e de ... frutificar!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Junho de 2009
ESBOÇO DE UMA CARTA
( A Obra )
Minha Querida,
Há obras e obras e estas, sendo-o, não devem ser postas nos pratos da balança como se para aferir qual delas vale mais ou qual tem maior peso relativo.
Basta que o sejam, que sejam obras e que, portanto, tenham na mira o bem da Comunidade para que, sem hesitar, se lhes reconheçam os méritos sendo que feitas, está nas nossas mãos, em certa medida de todos nós (!), fazer com que concorram
para o melhor, potenciando-as e delas tirando pleno partido.
Há obras físicas, infra-estruturais e que obrigam a árduo labor, que não se eternizam no tempo, cuja construção tem um prazo mais ou menos dilatado e que uma vez concluídas há que dar-lhes destino para que todos, rapidamente, delas possam usufruir sendo que, concluídas, rapidamente se esquece o que ali antes não existia ou o que em seu lugar ali estava, a memória é curta, e com o tempo, acaba por parecer impossível que aquelas obras não tivessem estado sempre ali, ao dispor de todos!
Têm todo o mérito, essas obras e há que felicitá-las!
Há também obras que se arrastam indefinidamente no tempo, feitas de palavras e cujos méritos nem sempre ou muitas vezes tardam em ser reconhecidos ...
São essas obras menos valiosas!?
Terão elas um impacto mais limitado!?
Deverão elas, igualmente, ser reconhecidas!?
Há obras e obras e todas elas não deixam de ser necessárias!
( A uma Amiga, AV, que apertei hoje nos braços, após longa ausência )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Junho de 2009
Entrefestas no dia mais longo do ano
Hoje de manhã fomos a uma festa, a benção de uma nova Igreja que encheu, não sei se com os convidados se com os escolhidos.
Derreti de calor e de alegria por encontrar a Ana Cristina que honrou com a sua presença, a comunidade para quem tanto trabalhou. Espero que essa mesma comunidade tenha reparado nela.
De tarde e após ter levado a eito 3 tartes de cebola e queijo, continuei a derreter numa outra festa, esta um aniversário de uma menina pequenina que um dia encontrou um pintor...
Assim entre festas e inspirada por Paul Gaugin, ansiei por água fria, uma sesta na relva e quem sabe uma florzinha no cabelo...
Cheguei cansada a este Verão que hoje começa quente, festivo e com muitas obras feitas e outras por fazer.
Não faço mais nada hoje, vou-me embora para a ilha desconhecida de Berlioz.
Beijinhos
ao Jaime,
à Filomena
e à Ana Cristina
Manuela Baptista
Já é tarde, neste domingo tórrido que começou às 6h da manhã e só agora se prepara para um merecido descanso em noite sem qualquer brisa.
Dava geito um ar para refrescar as ideias e atenuar as saudades que me deixaram muitos dos sinceros abraços que hoje dei e recebi ...quase 1 ano depois.
A Manuela e o Jaime estão óptimos.
Aliás estão todos com bom aspecto, com aquele ar bronzeado e saudável do paredão de Cascais ;)
Eu mais branquinha, de certo destoava!
Todas as obras são válidas e merecem a nosso aplauso.
Pela determinação, pela entrega, pelo desafio, pelo sonho, pelo ojectivo a alcançar, pelas pessoas que as constroem mas também pelas pessoas que aí vão "viver".
E essa é sem dúvida a parte em que devemos primar pela excelência.
As obras, qualquer que sejam, precisam de ser ocupadas, vividas, apropriadas , entendidas e perpetuadas pelos princípios que transmitem de geração em geração.
Por isso têem de ser excelentes para que durante a construcção e depois de acabadas, se mantenham em permanente manutenção e renovação, se mantenham sempre abertas para que aí entrem todos os que precisarem , a qualquer hora, em qualquer dia ... para não corrermos o risco de alguém não voltar por ter encontrado a "porta" fechada.
A verdadeira obra na obra onde hoje lhe dei um abraço ainda não começou.
Esse é talvez o desafio mais complexo e exigente, devendo reunir à sua volta todos quantos puderem e quiserem ser uma mais valia no caminho a percorrer.
Parece que lá pelos países do norte da Europa os jardins e parques públicos são planeados e "construídos" sem que os caminhos fiquem previamente marcados.
As pessoas que os utilizarem encarregar-se-ão de com os seus passos deixar as pisadas nos percursos e nos espaços conforme a utilização que deles desejam fazer.
Já é tarde,por hoje!
Outro abraço para os dois.
Ana Cristina.
Enviar um comentário