Desabridamente Vos digo que por aqui se desenrola o meu Currículo:
Aqui, nas duzentas e setenta e seis páginas de textos originais que já compõem este meu blogue e que me foi oferecido no ano novo, em jeito de desafio ou, se quisermos, estágio, por uma Professora que nestas andanças conheci e que logo a nomeei como minha tutora, a brincar, é certo, mas nomeei, e em tudo o que escrevi antes, de há vinte anos a esta parte e que assumido como público contou com uma amostra de Destinatários da mais alta estirpe diante dos quais me expus e continuo a expôr.
Desenrola-se por aqui o meu Currículo e a minha Tese ...
... em tudo o mais que se seguirá também!!!
Resumidamente diria que, do ponto de vista metodológico, tudo se poderá resumir como adiante, sumariamente, o esquematizo:
Periodo do Correio Postal, dividido em dois tempos e que começou em 1989, a saber, o tempo do manuscrito e o que se seguiu o tempo do texto processado;
Subsequentemente, o Periodo da Internet, ele também subdividido em dois momentos, o do correio electrónico e ainda misto com o correio postal, primeiro, e o da blogosfera, depois e aqui, ao Vosso inteiro dispôr.
À tutora acima referida Lhe peço antecipadas desculpas pois nunca esteve nas minhas intenções criar-Lhe qualquer constrangimento, como julgo que não crio!
Uma coisa é certa:
Eu não me posso resumir a umas folhinhas onde esquemático e burocrático me exponha subtraído de mim mesmo!
Sou, como qualquer um de nós, um Ser, um cidadão comum encerrado na sua múltipla e inesgotável complexidade e que, por toda a exposição a que nunca me furtei se dá a avaliar e desafia, na sua plena legitimidade (!), a que os outros, os Outros o leiam e logo, implicitamente, desse modo o avaliem.
O Outro, seja ele quem for!
Nunca por nunca me furtei à exposição mas não me posso, desabridamente o confesso (!), esquartejar-me de mim próprio e se este é um caminho original, tal não implica que seja ilegítimo!
E, assim sendo, também não posso ser escamoteado como se, pura e simplesmente, tudo o que vou registando, não existisse e não acrescentasse valia à realidade!
À realidade nela acrescida o que, escondido mas facilmante mensurável, a persistência e a resiliência, a tudo o que escrevi se soma ...
Tem a minha Tese por título genérico, já o disse, amiúde, antes, Ensaio Sobre A Relatividade Em Linguagem Comum e sendo cada vez mais pública e sem mecanismos de censura prévia chamo a atenção para o simples facto de, até aqui, não terem surgido comentários inconvenientes o que, por si só, não deixa de ser sintomático, paradigmático como ... Paradigmática é a minha Obra.
Os diálogos que, nas caixas de comentários se vão desenvolvendo, esses também, não deixam de ser paradigmáticos e falam por si.
E, por ora, escrevi e aguardo ...!
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Agosto de 2009
Manuel Cargaleiro
Manuel Cargaleiro
2 comentários:
SERÃO LIVRES OS HOMENS?
Era uma vez um homem que escolheu um atalho.
As pessoas estranhavam e não entendiam.
Uns diziam:
-Este homem, com tantos caminhos ladeados das mais belas flores, onde crescem as mais frondosas árvores, onde brotam as mais frescas fontes, ignora tudo isso e escolhe um atalho!
Outros interrogavam-se:
-Porque é que este homem, podendo caminhar com os outros homens em verdejantes prados, sobre a erva mais tenra, segue sozinho por este atalho cheio das mais pontiagudas pedras?
E o homem não ligando às vozes dos outros homens, continuava pelo seu atalho e com o seu atalho.
Manuela Baptista
Explicação do óbvio:currículo é um substantivo masculino que, entre outras coisas,significa atalho.
LIVRES SERÃO OS HOMENS
O homem, parecia, de facto, que não ligava àquilo que uns exclamavam e às interrogações que outros lhe faziam mas, entre dentes e como se falando para as gentes, cogitava na esperança de que o ouvissem e entendessem:
- Será que não percebem que se escolhi um currículo, atalho cheio das mais pontiagudas pedras foi porque pressenti ser esse o caminho susceptível, esse sim (!), de conduzir às mais belas flores, eles nem sabem que uma, a mais bela entre as belas me acompanha já (!), ao frondoso das árvores e aos lugares onde brotam as mais frescas fontes!?
- E que estas nascem, sim, mas é no cume das mais escarpadas e íngremes montanhas onde, para a ele se chegar, é preciso escalá-las e sujeitarmo-nos a esse enorme desafio e aos riscos que ele implica!?
- E que sem nascentes de água pura e cristalina também não nascem as mais belas flores, não crescem as árvores mais frondosas e quanto às fontes, elas acabarão por secar!?
Teimoso, enquanto os outros homens continuavam a exclamar e a interrogar-se uns aos outros, o homem prosseguiu, impávido, o seu caminho pelo atalho feito do seu currículo, isto é, do seu percurso.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Agosto de 2009
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