Fia que fia
é o meu odor
do cerco e da porfia
ao alcaide mor
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É a minha dor
tudo o que eu já via
relâmpago pavor
de toda a cobardia
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É o meu amor
a minha alegria
dor que com sabor
da amargura ria
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É sentir a cor
em tudo o que te cria
arco-íris flor
da tua magia
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É querer o que for
sem ter a mania
espantar o horror
em valsa fantasia
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 29 de Agosto de 2009
2 comentários:
Valsar é Confiar
De frésia em botão
sem tocar no chão
fiando em teia
enredada
de manhã alada
a noite calada
Manuela Baptista
E NESTA VALSA
E nesta valsa, encenada nos bastidores do palácio, confiante, o par vai rodando até entrar na sala de espectáculos para espanto dos espectadores associando-os a si na aclamação do maestro.
Confiantes, os bailarinos sabem que a própria vida é, ela mesma um espectáculo a não desperdiçar como o cheiro das frésias em prematura Primavera:
Da manhã à noite
em rodopio
açoite
roda que roda
carícia
rio
dança
valsa
confio
espero
e avança
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 30 de Agosto de 2009
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