![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYo5AUTi-EpPRlBrpEuu8nRHkhFSaNrTZsLuEuhfD98RYBKTUus_wybq2L_Q1qr7J09QAkwfGJgoTU_RavdinZcpwaVYvCnUGOL2Se_gSPxVhlWJgbpl5zVl1HvGLH_B-e5x1o-nbZnH4/s400/implos%C3%A3o+de+uma+estrela.jpg)
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Ela ofusca-nos
subverte as coordenadas de uma equação que
em rigor
se deveria enunciar na inversa
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Imaginemos
por um momento
que o Sol implodia sobre si mesmo e que
a essa implosão
incólumes sobreviveríamos
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Primeiro
alguns minutos depois
deixá-lo-íamos de ver
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Só muito depois
fizessem-se as contas
e já que a velocidade do som pastela quando confrontada com a da luz
chegar-nos-ia o som desse fenómeno
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Ele
o som
pós-cede na recepção mas antecede na emissão
porém
o eclodir luminoso enunciado
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Ele
o som
simetria do que se vê
da luz
ambos facetas inseparáveis da energia refractada
abre-a e fecha-a
dá-lhe profundidade
sentido global
universal
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O som pré-anuncia e resolve
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Falo porque processo a informação e esse processo assenta
desde a raiz
na matriz sonora
no pensamento onde som e luz invertem as suas velocidades
e que pela simbólica da escrita
seu reflexo
os faz convergir
síncrones
reencontrados
audio e visual
a luz e o som
num todo que se reformula
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Agosto de 2009
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2 comentários:
Os relâmpagos apagaram a luz e emudeceram o som...
Manuela Baptista
Mas, pela palavra escrita onde luz, a luz que à escrita a ilumina e som, que ela própria simboliza e que a ambos os faz reencontrarem-se, reacenderam-se de novo!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 23 de Agosto de 2009
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