Será o silêncio, essa tua clamorosa pausa, a maneira que encontraste de me pôr à prova!?
( ... )
Virando o bico ao prego e invertendo os papéis, já te interrogaste se me continuarias a dar troco ao fim de tantos e tantos anos de constrangedor silêncio!?
( ... )
Não se teria, da tua parte, esgotado já todo o benefício da dúvida que eu, pela minha parte, não paro de te conceder!?
( ... )
Continuas afogado no silêncio!?
( ... )
É que, atenção (!), às tantas fica-se sem saber quem é que já está a ser posto à prova, se eu, se tu!?
( ... )
Sabias que no benefício que te concedo se demonstra, por um lado, a confiança, as virtudes, a margem de manobra que me facultas e que me alimenta nesta minha veia que não se esgota, sintomático (!) e por outro me leva a interrogar da tua própria Educação e independentemente das responsabilidades que exerças!?
( ... )
Ao contrário do que para aí se diz, Educação é de casa que se traz ou não e não da escola, da escola só por acréscimo (!), sabias!?
( ... )
Sabias que aprendi com os meus pais, não com despachos normativos de um qualquer director-geral, que uma carta, uma pergunta tão pouco, nunca ficam sem resposta!?
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( afinal continuo a responder aos silêncios, às reticências já que, se estes são previsíveis, as respostas que lhes dou, essas, nunca se repetem )
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Agosto de 2009
2 comentários:
Olé destinatários de sempre!
Venham à liça, preparem o terreiro para este torneio, afiem as farpas, as bandarilhas ou ponham-se a cavar.
Manuela Baptista (destinatária de sempre)
MANUELA
Se todos os destinatários de sempre, como tu, viessem à liça, preparassem o terreiro para o torneio, afiassem as farpas e as bandarilhas e não se pusessem a cavar, isso é que era!
Jaime Latino Ferreira, remetente de sempre
Estoril, 16 de Agosto de 2009
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