Como ele, espreguiço à sombra.
Sento-me e refresco-me das palavras que como o tempo me banham tépidas como cordas dedilhadas numa lira.
Oiço o que o desfiar me vai segredando e que aqui desemboca plácido, tão calmo como uma tarde domingueira o permite que assim seja.
Escuto mais e emperro.
Por um momento e outro e outro.
Em vigília, os dedos aprestam-se a apanhar já o que em sussurro melhor do que eu eles ouvem e não hesitam em digitar.
Corrijo qualquer coisa e, no em do sussurro do parágrafo anterior, a frase, solta, escorre a partir daí como fio de água liberto de escolhos até ao seu destino numa pontuação próxima, um pouco abaixo.
E avanço mais uma frase e outra ainda, tão amenamente como este Verão, até aqui pouco dado a sobressaltos que não sejam os naturais, previsíveis ou não, mas para os quais nunca estamos preparados.
Que os haja menos dos outros já que estes ...!
Em pano de fundo, o funeral do Artista decorreu no reconhecimento da sua enorme popularidade.
Verão ameno ...
Tão ameno como esta impressão que deste dia aqui Vos deixo.
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 9 de Agosto de 2009
2 comentários:
É sempre um prazer o barroco italiano de Luigi Rossi e o barroco português de Jaime Ferreira!
Boa noite a todos.
Manuela Baptista
MANUELA BAPTISTA
Barroca és tu e sem ofensa!
Por quem sou
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Agosto de 2009
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