Aquilo que é uma vantagem e é-o, como tudo, tem também os seus inconvenientes ...
Nesta minha peregrinação pela blogosfera e, sobretudo, quando confrontada com o correio postal do qual guardo, religiosamente, o tipo de letra que continuo a utilizar, o courier, como se fosse uma flor, marca da minha identidade, dou-me e de que maneira, disso conta!
Que fronteiras, alvo é o meu?
Não é a primeira vez que sobre o assunto discorro ...
Quem és tu que, aí, desse lado, me lês?
Que amplitude adquiriu o que escrevo, desde o início de Janeiro?
A que se resumem, agora, as fronteiras do que escrevo neste processo de desmaterialização?
Sei que não podendo definir o perfil do meu destinatário me dirijo ao desmaterializado mundo que o intermedeia.
Mas isso, não me impede, longe de mim (!), de manter elevado o nível da conversação.
Não baixo a bitola do meu eventual protagonismo!
E não o baixo porque sei que a exigência, ao contrário do que muito se propaga, não é desmobilisadora.
Posso, portanto, concluir que na desmaterialização, quer a escrita quer o destinatário, tu que me lês, são as flores, continuam a ser as fronteiras que me norteiam e que, without patronizing, sem paternalismos, não violo e permanecem, como o aroma que das flores se expande, os limites elevados, sublimes da minha acção.
Nesta minha peregrinação pela blogosfera e, sobretudo, quando confrontada com o correio postal do qual guardo, religiosamente, o tipo de letra que continuo a utilizar, o courier, como se fosse uma flor, marca da minha identidade, dou-me e de que maneira, disso conta!
Que fronteiras, alvo é o meu?
Não é a primeira vez que sobre o assunto discorro ...
Quem és tu que, aí, desse lado, me lês?
Que amplitude adquiriu o que escrevo, desde o início de Janeiro?
A que se resumem, agora, as fronteiras do que escrevo neste processo de desmaterialização?
Sei que não podendo definir o perfil do meu destinatário me dirijo ao desmaterializado mundo que o intermedeia.
Mas isso, não me impede, longe de mim (!), de manter elevado o nível da conversação.
Não baixo a bitola do meu eventual protagonismo!
E não o baixo porque sei que a exigência, ao contrário do que muito se propaga, não é desmobilisadora.
Posso, portanto, concluir que na desmaterialização, quer a escrita quer o destinatário, tu que me lês, são as flores, continuam a ser as fronteiras que me norteiam e que, without patronizing, sem paternalismos, não violo e permanecem, como o aroma que das flores se expande, os limites elevados, sublimes da minha acção.
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Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Agosto de 2009
Mapplethorpe
3 comentários:
As flores que por aqui circulam, desmaterializadas, logo sem o pé na terra, são especiais.
De outra forma como entenderiam este filme com este actor que às vezes é genial, outras escorrega no papel e o atira às ortigas?
As ortigas ou urtigas,também são especiais.
Se lhes tocarmos picam-nos, mas se lhes tocarmos suspendendo a respiração, já não nos magoam.
Se me perguntarem o que é que tudo isto quer dizer, não faço a mínima ideia, mas as ideias às vezes, surgem assim desencontradas, invisíveis e rasteiras como a desmaterialização das fronteiras.
Para terminar, as fotografias são lindíssimas!
E para não dizer que não falei de flores, vou agora caminhar para outro lado!
Manuela Baptista
Hoje as flores não querem nada contigo...
MB
HOJE
Hoje as flores querem
querem mas não se vêem
quando picam elas crêem
que foi a brincar que doeram
foi sem matéria que arderam
perfumaram
acenderam
como tu não pereceram
neste espaço em que cresceram
como tu se não escreveram
no silêncio adormeceram
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 18 de Agosto de 2009
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